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Por que o final da tarde é o melhor momento para queimar calorias

A descoberta, de um estudo americano, está relacionada com a temperatura corporal

Por Da Redação
Atualizado em 15 nov 2018, 14h13 - Publicado em 15 nov 2018, 14h13
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  • Perder calorias é o sonho de consumo de muitas pessoas e para alcançar esta meta vale tudo: desde dietas simples até as mais exóticas — além de praticar atividade física. Agora a ciência revela uma informação importante que pode evitar os quilinhos indesejados: no final da tarde o corpo queima até 10% a mais de calorias – o equivalente a 130 calorias extras -, mesmo para quem não está se exercitando. A explicação para a descoberta está no ritmo circadiano que, segundo os pesquisadores, não só controla o relógio interno do corpo e o ciclo de sono, como também a perda calórica.

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    Os resultados do estudo, publicado na revista Current Biology, reforça a importância do ritmo circadiano na regulação do metabolismo, além de esclarecer alguns pontos sobre a tendência a ganhar peso em pessoas que têm horários de sono irregular, especialmente trabalhadores noturnos. “Nosso relógio biológico é cronometrado para funcionar em horários regulares do dia. Quando ficamos acordados a noite para trabalhar, por exemplo, estamos indo contra o funcionamento do corpo”, explicou Jeanne Duffy, da Harvard Medical School, à Time Health

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    O estudo

    A pesquisa acompanhou sete participantes entre 38 e 69 anos que foram mantidos em um laboratório fechado (sem janelas, internet, celular ou relógio) ao longo de 37 dias; lá dentro, eles recebiam instruções de quando podia dormir, acordar e comer.  Além disso, a equipe alterava o horário de sono dos participantes: todos os dias eles iam dormir quatro horas mais tarde. Esse ambiente controlado foi criado para verificar os hábitos alimentares e padrões de sono dos indivíduos, eliminando as interferências ambientais e permitindo acompanhar o ritmo real do funcionamento do organismo.

    “Como eles faziam o equivalente a dar a volta ao mundo todas as semanas, o relógio interno do corpo não podia acompanhar. Isso permitia que o organismo mantivesse o próprio tempo independente do mundo exterior, o que garantiu a aferição das taxas metabólicas em todos os diferentes horários biológicos do dia”, esclareceu Jeanne à revista Health. Sem a prática do exercício físico, o estudo estudo considerou apenas as mudanças metabólicas durante o repouso, ou seja, a transformação das calorias em energia para que o corpo pudesse realizar funções como respirar ou fazer o sangue circular.

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    Através de sensores que mediam a temperatura corporal, os pesquisadores descobriram que a temperatura era mais baixa quando os ritmos circadianos correspondiam ao período da madrugada, enquanto aferições mais altas foram encontradas 12 horas depois, o que corresponderia ao final da tarde. A temperatura do corpo ajuda a determina o gasto de energia: quanto mais alta ela for, maior é a queima de calorias.

    Diante das observações, os pesquisadores descobriram que no final da tarde o corpo é capaz de gastar 10% a mais de energia ainda que não haja demandas externas. Embora os resultados sejam animadores, como o estudo analisou a taxa de queima de calorias apenas em repouso, não é possível determinar se a atividade física realizada durante esse período pode ser beneficiada por esta descoberta.

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    No entanto, a equipe ressalta que os resultados podem ajudar no planejamento da alimentação: alimentos ricos em calorias devem ser evitados em períodos de gasto de energia mais baixo, como no final da noite ou no início da manhã. “Não apenas o que comemos, mas quando comemos – e descansamos – pode afetar a quantidade de energia queimada ou armazenada como gordura”, destacou Jeanne.

    Alterações no ritmo circadiano

    Apesar de os participantes terem sido colocados em um ambiente sem informações externas, como nascer e pôr do sol, no mundo real o ritmo circadiano recebe essas referências e funciona de acordo com a sua programação natural. No entanto, no caso de indivíduos que trabalham em horários noturnos, por exemplo, o relógio biológico precisa ser alterado para atender as necessidades pessoais. Por causa disso, muitos problemas podem surgir.

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    Estudos anteriores mostraram que o trabalho noturno e/ou realizado em turnos podem causar uma série de problemas de saúde, incluindo obesidade, diabetes tipo 2, câncer e declínio cognitivo. Para Jeanne, a explicação pode estar na ruptura do ritmo circadiano. “Temos esses relógios dentro de nós que precisam ser sincronizados com o ambiente externo e mantidos dentro desta sincronia”, disse. 

    Apesar dos resultados, os pesquisadores ressaltam que mais pesquisas são necessárias para determinar de que forma essas descobertas afetam a população em geral.

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