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Por que algumas pessoas pegam a Covid-19 entre a aplicação das doses?

A imunização leva tempo e a maioria das vacinas precisa de duas aplicações para que o processo seja completo

Por Da Redação Atualizado em 12 Maio 2021, 17h51 - Publicado em 12 Maio 2021, 16h16

Desde que a vacinação contra a Covid-19 começou no Brasil, relatos de pessoas que foram vacinadas e ainda assim contraíram a infecção começaram a surgir. Não demorou para que posts mentirosos circulassem nas redes sociais afirmando que o próprio imunizante era o responsável pela contaminação dos indivíduos. Antes de compartilhar esse tipo de informação é necessário entender o processo de imunização.

A maioria das vacinas disponíveis contra o coronavírus até o momento depende de duas doses para que o ciclo de imunização seja completo, exceto pela da Janssen, que usa uma única aplicação. Dessa forma, para que o indivíduo detenha a proteção necessária contra o vírus é necessária não apenas a primeira dose, mas também esperar o tempo estipulado para a aplicação da segunda. A CoronaVac, por exemplo, tem intervalo de 14 a 28 dias entre as doses. Já a de Oxford-AstraZeneca, precisa de três meses. 

Seguindo essa linha de pensamento, uma pessoa que tomou apenas uma dose da vacina contra o novo coronavírus não está imunizada, mas sim em processo de imunização. Mesmo após a aplicação da segunda dose é possível se contaminar. O sistema imunológico demora pelo menos 15 dias para produzir a defesa necessária.

Isso acontece pelo seguinte motivo: independente da farmacêutica e de sua tecnologia, as vacinas têm em sua composição o antígeno, substância que vai ativar o sistema imunológico para desenvolver os anticorpos necessários para frear uma futura infecção. A questão é que esse processo leva tempo: as células precisam, em um primeiro momento, reconhecer esses antígenos, interagir com eles e só aí criar uma reação satisfatória.  

Vale lembrar ainda que nenhuma vacina é 100% eficaz. Ou seja, enquanto o vírus estiver circulando, existe o risco de contaminação e todas as medidas de proteção ainda precisam ser seguidas, como o uso de máscaras, distanciamento social e lavagem frequente das mãos. Além disso, o objetivo da vacina é impedir o desenvolvimento do vírus dentro do organismo, ou seja, a transmissão do vírus ainda pode acontecer.  

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Vacina não causa a doença

Outro medo que passou a atingir a população foi de que a própria vacina pode causar a Covid-19. Porém, especialistas afirmam que essa hipótese é impossível.

Esse mito, aliás, é frequentemente levantado durantes as campanhas de vacinação contra o vírus influenza, causador da gripe. Há casos recorrentes de pessoas que receberam a dose do imunizante e poucos dias depois começam a apresentar os sintomas da doença. E a resposta mais uma vez está no tempo: enquanto o sistema imunológico não finalizou o processo de defesa, as chances de se infectar com o vírus ainda existem. 

A produção dos imunizantes varia de farmacêutica para farmacêutica. A CoronaVac, por exemplo, utiliza uma série de processos químicos e mudanças de temperatura para inativar completamente o vírus, impedindo-o de invadir as células do corpo humano. Já a vacina de Oxford-AstraZeneca utiliza uma tecnologia de vetor viral não-replicante: um adenovírus de chimpanzés, que não se replica nem causa mal ao ser humano, recebe informações genéticas do coronavírus, que induzem o sistema imunológico a criar uma resposta.  

No entanto, a presença de efeitos colaterais leves, como dor no local da injeção, febre, mal-estar e dor no corpo pode ocorrer. Em geral, esses sintomas são passageiros, mas é importante buscar uma orientação médica, uma vez que podem ser os mesmos sintomas da Covid-19.  

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