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Pílula usa gases do organismo para detectar doenças intestinais

Pesquisadores inventaram uma pílula inteligente que detecta gases no intestino dos pacientes e poderá ser usada para identificar problemas na região

Por Da Redação
29 jan 2018, 17h42

Pesquisadores australianos desenvolveram uma pílula inteligente que detecta gases liberados no intestino e envia, a cada cinco minutos, informações para um dispositivo externo. Os cientistas acreditam que, no futuro, essa tecnologia poderá ser usada para diagnosticar doenças gastrointestinais.

Os mecanismos do sistema digestivo ainda são pouco conhecidos até por especialistas. Sabe-se que os alimentos são degradados para facilitar a absorção dos nutrientes e eliminação dos resíduos. Entretanto, há milhares de variáveis no trato digestivo de cada pessoa.

“Temos uma série de malabsorções de carboidratos, como podemos diferenciá-las? Como elas impactam o intestino? E em quais pontos?”, exemplifica Kourosh Kalantar Zadeh, da Universidade RMIT, na Austrália, à BBC.

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O novo dispositivo representa uma abordagem inovadora para responder a essas perguntas, em tempo real, e de forma pouco invasiva. Em um estudo publicado recentemente no periódico científico Nature Electronics, cinco pessoas ingeriram a cápsula. Os pesquisadores receberam informações sobre quanto tempo a pílula demorou para passar pelo sistema gastrointestinal e o aumento na ingestão de fibras, por exemplo.

“O que você está medindo aqui são as flatulências antes de serem expelidas. Trata-se de um sensor de gases, então quanto mais conseguirmos analisar o teor deles, melhor a informação que teremos sobre o intestino do paciente”, diz o professor Kourosh Kalantar Zadeh, da RMIT University, na Austrália.

Características do dispositivo

O dispositivo mede 26 milímetros de comprimento por 9,8 milímetros de largura, o tamanho máximo para uma pílula ser engolida. Dentro, há uma pequeno termômetro, um radio transmissor que envia os dados a um dispositivo externo que cabe no bolso, uma bateria e sensores que detectam oxigênio, hidrogênio e dióxido de carbono. Apesar do nosso corpo liberar outros gases, o rastreamento desses três já diz muito sobre o funcionamento do órgãos.

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Oxigênio, hidrogênio e dióxido de carbono

O oxigênio, por exemplo, serve como um dispositivo de localização: ele mostra aonde o corpo esta quebrando aerobicamente  (com oxigênio) ou anaerobicamente (sem oxigênio) os conteúdos. Já os níveis de dióxido de carbono dão uma ideia sobre o microbioma da pessoa: as bactérias do intestino liberam CO2 como resultado de seu metabolismo e a quantidade certa desse gás mostra que o microbioma está vivo e prosperando, segundo informações do site Quartz.

O hidrogênio é provavelmente o gás mais importante para se acompanhar do ponto de vista clínico porque ele mostra quando os alimentos estão sendo quebrados durante a fermentação. Sua liberação geralmente acontece quando o processo normal do intestino falha em quebrar o alimento e, geralmente, é um sinal de que o corpo daquele paciente não se dá bem com determinados tipos de comida.

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Apesar do estudo ser pequeno, não houve relato de efeitos adversos associados à pilula. Isso significa que, no futuro, o diagnóstico de uma doença complexa ou intolerância pode ser feito a partir da simples ingestão de uma pílula.

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