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Pfizer vai solicitar autorização de vacina para crianças menores de 5 anos

Farmacêutica deve pedir uso emergencial de imunizante pediátrico para ser aplicado em duas doses nos Estados Unidos

Por Simone Blanes Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 1 fev 2022, 12h29

Nesta terça-feira 1, a Pfizer e a BioNTech devem pedir à Food and Drug Administration (FDA), agência reguladora dos Estados Unidos, uma autorização para uso emergencial de sua vacina contra a Covid-19 em crianças menores de 5 anos. O regime de aplicação deve ser de duas doses, embora a administração de três injeções esteja em estudo na farmacêutica.

Há dias, autoridades federais e executivos da Pfizer sugerem que também se faça um pedido de autorização emergencial do imunizante para bebês de até 6 meses. “A vacina pode ser autorizada em março para a faixa etária mais jovem”, disse Scott Gottlieb, membro do conselho da Pfizer e ex-conselheiro da FDA.

Os mais ansiosos pela liberação são os pais das crianças mais novas que precisam lidar com o fechamento das creches, os cuidados infantis e o crescimento exponencial da variante ômicron, que também afeta o público infantil. “Infelizmente, estamos vendo as taxas de hospitalizações aumentando para crianças de 0 a 4 anos, que ainda não são elegíveis para a vacinação contra Covid-19”, afirmou Rochelle Walensky, diretora dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC).

Em dezembro do ano passado, a Pfizer e a BioNTech declararam que crianças de 6 meses a dois anos, que receberam duas doses da vacina pediátrica produziram uma resposta imune comparável ao de jovens de 16 a 25 anos. Em crianças de 2 a 4 anos, porém, a resposta foi menos robusta. O revés levou as empresas a testarem uma terceira dose em crianças pequenas. Mas em vez de esperar por esses resultados, os reguladores federais adotaram uma abordagem incomum de incentivar a Pfizer a solicitar a autorização para um regime de duas doses e começar a proteger as crianças da nova cepa do vírus e outras possíveis mutações subsequentes.

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Embora as crianças pequenas desenvolvam menos sintomas graves, a Academia Americana de Pediatria diz que a ômicron intensificou a ameaça da Covid-19 em menores de 5 anos. Espera-se, portanto, que a FDA e o CDC convoquem comitês de consultores externos de vacinas antes de uma decisão sobre a liberação. Kathrin Jansen, chefe de pesquisa de vacinas da Pfizer, disse em dezembro, que a empresa buscaria a autorização da agência reguladora para três doses para crianças pequenas, uma estratégia que, segundo ela, permitiria “uma abordagem consistente de vacina para todas as idades”. A empresa, porém, mudou seus planos. Se autorizado, as crianças pequenas receberão a segunda dose três semanas após a primeira, e uma terceira dose, dois meses depois. O CDC considera as três doses da vacina como um regime “atualizado” para aqueles elegíveis para injeções extras, incluindo maiores de 12 anos.

As deliberações nas próximas semanas podem impactar diretamente o avanço da vacinação em crianças nos Estados Unidos. Mesmo com as campanhas, o ritmo da imunização para as 28 milhões de crianças americanas entre 5 e 11 anos continua baixo, com apenas 30% dessa faixa etária, tendo recebido apenas a primeira dose. As razões variam: pais desanimados com a desinformação sobre o imunizante; outros que não acreditam que o vírus seja uma ameaça, alguns dizem simplesmente que não tiveram tempo para levar seus filhos para tomar a vacina, e os hesitantes pelos supostos efeitos colaterais, relatam as autoridades de saúde norte americanas. No final de dezembro do ano passado, no entanto, o CDC divulgou uma pesquisa que mostra pouquíssimos relatos de problemas sérios entre crianças de 5 a 11 anos que receberam as injeções da Pfizer/BioNTech. Já outro estudo, que abordou centenas de internações pediátricas em seis cidades, divulgado pela agência, descobriu que quase todas as crianças que ficaram gravemente doentes não foram vacinadas.

 

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