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Pesquisa transforma células intestinais em produtoras de insulina para tratar diabetes tipo 1

Descoberta pode ajudar a desenvolver opções de medicamentos e livrar pessoas com a doença das injeções de insulina

Por Da Redação
12 mar 2012, 11h05
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  • Pesquisadores da Universidade de Columbia, nos Estados Unidos, descobriram que é possível fazer com que as células do intestino sejam estimuladas a produzir insulina para tratar diabetes tipo 1. Isso faria com que os pacientes com essa doença ficassem livres das injeções frequentes de insulina. O estudo foi publicado nesta segunda-feira no periódico Nature Genetics.

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    DIABETES TIPO 1

    É causado por uma reação do sistema imunológico, que erroneamente identifica as células do pâncreas que produzem insulina como invasoras e as destroem. Sem insulina, o paciente precisa receber injeções regulares com o hormônio. É o tipo menos comum de diabetes.

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    DIABETES TIPO 2

    Enquanto o diabetes tipo 1 ocorre pela falta da produção de insulina, no de tipo 2 a insulina continua a ser produzida normalmente, mas o organismo desenvolve resistência ao hormônio. É causado por uma mistura de fatores genéticos e pelo estilo de vida: 80% a 90% das pessoas que têm o tipo 2 da diabetes são obesas.

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    O diabetes tipo 1 é uma doença autoimune caracterizada pela destruição das células do pâncreas responsáveis por produzirem insulina. Uma vez que o pâncreas não consegue substituir essas células, os pacientes precisam receber injeções regulares com o hormônio para que a glicose no sangue seja controlada.

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    Nessa pesquisa, os especialistas mostraram que certas células intestinais dos ratos estudados foram capazes de formar células produtoras de insulina. De acordo com o estudo, essas células gastrointestinais são responsáveis pela produção de outras diversas células, e cada uma delas produz substâncias diferentes, como a serotonina, um neurotransmissor que, entre outras coisas, ajuda a regular o relógio biológico.

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    Os autores do estudo descobriram que quando eles desativavam o gene Foxo1 das células intestinais, as células progenitoras do intestino também passavam a fabricar células produtoras de insulina. A produção dessas células foi maior quando os pesquisadores desativaram o gene em ratos mais jovens, mas também aconteceu em ratos adultos.

    De acordo com o estudo, quando o gene Foxo1 é desativado no pâncreas, nada muda em relação à produção de insulina. No entanto, os pesquisadores não sabem explicar porque essa alteração ocorre no intestino. Segundo a pesquisa, as células gastrointestinais, por terem receptores, produzem insulina em quantidade segura para responder corretamente aos níveis de glicose no sangue em ratos diabéticos. Além disso, a insulina produzida no intestino, ao ser lançada na corrente sanguínea, funcionou tão bem quanto a produzida normalmente no pâncreas.

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    “Essas descobertas nos fazem pensar que induzir o intestino de um paciente a fazer células produtoras de insulina seria a melhor maneira de tratar o diabetes tipo 1 do que as terapias baseadas em células-tronco embrionárias”, afirma Domenico Accili, um dos autores do estudo. De acordo com os pesquisadores, essa descoberta pode ajudar o desenvolvimento de novas drogas que produzam insulina a partir de outras células, como as gastrointestinais, evitando que o paciente tenha que se submeter a injeções frequentes de insulina.

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