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Pesquisa explica porque idosos têm dificuldade em fazer várias tarefas ao mesmo tempo

Segundo estudo, envelhecimento faz com que neurônios respondam mais lentamente a estímulos sobre a hora certa de mudar de atividade

Por Da Redação
15 mar 2012, 15h24

Um novo estudo da Universidade de Yale, nos Estados Unidos, encontrou uma explicação para o fato de os idosos terem dificuldades em fazer mais de uma atividade ao mesmo tempo. Segundo a pesquisa, isso se deve à perda da capacidade de essas pessoas identificarem qual é o momento de parar de pensar em uma tarefa e imediatamente começar a dar atenção a outras. Ou seja, elas não conseguem reconhecer o melhor momento de deixar de prestar atenção na conversa que estão tendo ao telefone para pensar na comida que está no forno, por exemplo. Esses dados foram publicados na edição desta quarta-feira no periódico The Journal of Neuroscience.

As conclusões dos pesquisadores foram contra o que eles imaginavam, ou seja, que essa dificuldade das pessoas idosas em fazer várias coisas ao mesmo tempo se deve ao fato de o envelhecimento afetar a memória espacial. Essa memória permite, por exemplo, que um indivíduo saiba que o que está no forno são as batatas e o que está no fogão, o feijão.

No entanto, após analisarem a atividade cerebral no córtex pré-frontal em ratos jovens e mais velhos, os especialistas descobriram que a memória afetada com a idade e que leva a esse problema é a memória de trabalho, ou de curto prazo, que permite o armazenamento temporário e limitado de informações. Essa memória faz com que uma pessoa seja capaz de lembrar que o forno está ligado enquanto assiste televisão, por exemplo.

A pesquisa concluiu, portanto, que o envelhecimento diminui a capacidade de um indivíduo responder aos sinais que indicam qual é a hora de interromper uma atividade e passar para outra, tanto no ambiente doméstico quanto no profissional. Isso acontece, segundo os autores do estudo, porque os neurônios dessa região cerebral dos ratos mais velhos reagem mais lentamente aos estímulos imperativos – ou seja, aos sinais do cérebro que dão a ‘dica’ sobre o melhor momento de trocar de tarefa – nessas situações, enquanto a resposta dos ratos jovens é imediata.

“O cérebro envelhecido parece se perder durante as transições”, diz Mark Laubach, um dos autores do estudo. “Os neurônios de ratos mais velhos mostraram respostas menos intensas às pistas do cérebro do que os animais mais novos, que respondiam imediatamente. Eles pareciam estar parados no tempo”, afirma o pesquisador. Agora, os pesquisadores esperam que, ao compreender os mecanismos da memória de trabalho, os cientistas possam um dia ser capazes de retardar ou mesmo de eliminar a deterioração destas funções cerebrais ao longo da vida.

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