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“Parem de receitar hidroxicloroquina para Covid-19”

O apelo foi feito por médicos americanos depois de revisarem os principais estudos sobre o uso do remédio contra a doença e concluírem por sua ineficácia

Por Simone Blanes Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 1 set 2021, 20h43 - Publicado em 31 ago 2021, 16h02

Parem de receitar a hidroxicloroquina para a Covid-19. Este é o apelo de pesquisadores do Schmidt College of Medicine, da Universidade Atlantic, da Flórida, após terem revisado os principais estudos clínicos duplo cego randomizados (padrão ouro de pesquisa) que investigaram o efeito do remédio na prevenção e tratamento da doença. Os cientistas fizeram o pedido em uma carta publicada no The American Journal of Medicine. “A evidência atualizada fornece um suporte ainda mais forte para a suspensão da prescrição de hidroxicloroquina na prevenção ou tratamento da Covid-19”, disse Charles H. Hennekens, principal autor do estudo de revisão, professor e acadêmico orientador do Schmidt College of Medicine.

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De acordo com os autores, além da ausência de benefício, está claro que o uso da hidroxicloroquina contra  a Covid-19 é prejudicial aos pacientes.  Eles explicam que o perfil de segurança anterior do medicamento é aplicável apenas a pacientes com lúpus e artrite reumatóide, em especial mulheres mais jovens e de meia-idade, cujos riscos de desfechos cardíacos fatais são relativamente baixos. Já para pacientes com Covid-19, a chance de ocorrência de complicações desse gênero é muito mais elevada, principalmente para homens mais velhos ou com doença cardíaca existente. “As mortes prematuras e evitáveis ​​continuarão a ocorrer se as pessoas tomarem hidroxicloroquina e evitarem as estratégias de saúde pública com benefícios comprovados, que incluem a vacinação e o uso de máscaras”, acrescentou Hennekens.

Em 2021, apenas nos Estados Unidos houve mais de 560 mil prescrições de hidroxicloroquina para a prevenção e tratamento da Covid-19. Desde fevereiro de 2020, o país tem sido o epicentro da pandemia e permanece como líder mundial em casos e mortes. No ano passado, foram 890 mil prescrições do medicamento, número nove vezes superior aos de anos anteriores. A situação levou à escassez do remédio, comprometendo o tratamento de quem realmente precisa e se beneficia do medicamento.

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