A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) deve fazer o pedido de uso emergencial da vacina contra Covid-19 da farmacêutica AstraZeneca desenvolvida com a Universidade de Oxford até a próxima sexta, 8. A informação foi confirmada pela reportagem de VEJA junto a especialistas envolvidos no processo. A liberação do fármaco aos brasileiros ficará a cargo da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que deverá levar até 10 dias para dar seu parecer positivo ou negativo.
Além do pedido de uso emergencial, será feito no próximo dia 15 o pedido de registro do medicamento. Isto é, a autorização total que permite imunização em massa. Boa parte dos documentos necessários para esses pedidos já foram entregues de forma segmentada à Anvisa. A AstraZeneca, por exemplo, já entregou todos os dados sobre os estudos do medicamento. Os últimos pedidos da Anvisa à Fiocruz, porém, diziam respeito à fabricação do antígeno.
A vacina de Oxford é a principal aposta do governo federal para uma campanha de imunização contra a Covid-19 no Brasil. Para tanto, há a previsão de que a Fiocruz produza cerca de 100,4 milhões de doses do imunizante até julho de 2021. Estas doses contarão com insumo importado. A partir da segunda metade do ano, o laboratório de Bio-Manguinhos produzirá outras 100 milhões de doses integralmente. Outras 2 milhões de doses prontas devem ser compradas do Instituto Serum, na Índia, com previsão de entrega para este mês de janeiro.
Nesta quarta-feira, 6, o Brasil teve médias moveis em 36.375,7 casos confirmados e 728,4 mortes.