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Ouvir música é tão eficaz quanto sedativo no pré-operatório, diz estudo

Antes de passarem por procedimentos médicos, os pacientes recebem sedativos para mantê-los calmos. Mas a medicação pode ter efeitos colaterais. A música não

Por Redação
Atualizado em 24 jul 2019, 19h03 - Publicado em 22 jul 2019, 17h24

Ouvir música faz parte da rotina da maioria das pessoas, independentemente do gênero musical. Ela pode até mesmo ser usada como um “calmante” natural diante de situações estressantes. Agora, cientistas indicam que a música pode ser substituir o sedativo hospitalar, por exemplo, para manter o paciente calmo antes de um procedimento médico.

Muitos pacientes ficam ansiosos ou estressados antes de um exame ou cirurgia. Para evitar que isso aconteça, os médicos usam sedativos, que ajudam a relaxar. Mas o novo estudo, publicado recentemente na revista Regional Anesthesia & Pain Medicine, descobriu que pacientes que ouvem música antes de um procedimento médico apresentam queda nos níveis de ansiedade antes da intervenção médica semelhantes aos daqueles que recebem sedativo.

“Qualquer um pode se beneficiar usando música em vez de pré-medicação. Mas algumas pessoas que podem se beneficiar ainda mais, como aquelas que realmente não gostam da sensação de estarem sedadas ou indivíduos que têm problemas médicos em que a sedação pode prejudicial”, explicou Veena Graff, principal autora da pesquisa, ao site Gizmodo

O stress antes da cirurgia pode afetar a recuperação devido à liberação excessiva de cortisol, o hormônio do stress. Por outro lado, os sedativos podem causar efeitos colaterais, como dificuldade para respirar ou maior agitação, dependendo do paciente. Diante disso, os pesquisadores sugerem que os hospitais ofereçam aos pacientes a opção de ouvir música, em vez do sedativo.

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O estudo

Para chegar a essa conclusão, os pesquisadores da Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos, observaram 157 pessoas que estavam em preparação para cirurgias. A equipe dividiu os participantes em dois grupos: o primeiro recebeu o sedativo, o segundo recebeu um fone de ouvido que tocava apenas a música Weightless, da banda britânica Marconi Union, que havia sido previamente selecionada pelos cientistas. O fone também bloqueava o ruído exterior, de forma que o paciente estava imerso no som. 

Os pesquisadores ainda mediram os níveis de ansiedade dos pacientes através de questionários, que foram repetidos ao final das observações. Os resultados mostraram que os dois grupos apresentaram queda semelhante nos níveis de ansiedade antes e depois do procedimento médico.

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No entanto, os pacientes que receberam sedativo pareciam ter ficado um pouco mais satisfeitos com o procedimento. Já aqueles que foram submetidos à música tiveram dificuldades de comunicação com a equipe médica (provavelmente devido ao fone de ouvido). Além disso, alguns disseram que preferiam ter escolhido a própria música.

Com base nesses dados, os pesquisadores concluíram que, embora tenha havido pequenos problemas, não há riscos adicionais para o estado mental das pessoas que trocam o sedativo pela música. Agora, os cientistas devem investigar se a preferência por gênero musical pode interferir positivamente nos resultados.

“Vivemos em um mundo onde a música é onipresente. Muitas pessoas têm smartphones e dispositivos de mídia onde a música está prontamente disponível. Espero que um dia essa seja uma opção de rotina que possa ser oferecida a todos os pacientes na área da saúde”, concluiu Veena. 

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