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Os robôs vão invadir os hospitais

Levantamento mostra que as cirurgias robóticas vão crescer na próxima década impulsionadas pelo desejo dos pacientes por intervenções pouco agressivas

Por Cilene Pereira
3 set 2021, 19h31

Os robôs vão ganhar espaço nos hospitais. Um levantamento recém-publicado sobre as perspectivas da cirurgia robótica em todo o mundo revelou que nos próximos seis anos a área apresentará crescimento da ordem de 12%, totalizando um mercado cujo valor alcançará a cifra de US$ 14.8 bilhões. De acordo com o documento (Surgical Robots Market by Products, Application, Region, Company Analysis & Global Forescast), dois fatores são responsáveis pelo impulso da especialidade: a permanente criação de novas tecnologias e o desejo dos pacientes de serem submetidos a técnicas cada vez menos agressivas.

Os procedimentos cirúrgicos feitos por meio de robôs encaixam-se perfeitamente nessa categoria. Elas são caracterizadas por pequenas incisões por meio das quais são inseridas cânulas com câmeras microscópicas que disponibilizam aos cirurgiões imagens tridimensionais da região. Os médicos enxergam tudo em uma tela e comandam, de um console, os movimentos dos braços do robô dentro do corpo do paciente. Esta extensão robótica do braço humano garante extrema precisão nas intervenções. Os resultados são menos dor e desconforto no pós-operatório, redução de perdas sanguíneas durante o procedimento, menor tempo de permanência no hospital e retorno mais rápido às atividades diárias

Em São Paulo, o Hospital Israelita Albert Einstein é uma das organizações sintonizada com a tendência de expansão da área. O Einstein está lançando seu primeiro curso internacional sobre o tema, que deve contar com ao menos 16 cirurgiões-alunos de outros países (15 da América Latina e um da Índia). As aulas e os materiais terão tradução respectivamente em espanhol e inglês. Ao todo, a turma terá estudantes de 10 nações, que serão treinados ao longo de um ano pelo hospital.

O leque de intervenções que podem ser feitas via robô também está se ampliando. Em 2020, médicos do Einstein, por exemplo, realizaram a primeira implantação de stent (dispositivo que desobstrui as artérias) do Hemisfério Sul. Hoje, é possível ser operado por meio da cirurgia robótica em diversas áreas, seja para remover um tumor na garganta ou da próstata ou cirurgias ortopédicas. Um consórcio do Reino Unido, em parceria com o NHS (sistema público de saúde inglês), está justamente testando a colocação de próteses de joelho usando robôs.

Há, é verdade, um debate bastante atual sobre o custo X benefício das cirurgias robóticas. Questiona-se, por exemplo, se os resultados para os pacientes são tão expressivos que compensem o investimento. Alguns estudos estão em curso em busca da resposta. Por enquanto, as melhores evidências mostram que, apesar de mais caras, elas são no mínimo tão boas quanto as cirurgias convencionais.

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