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Orientação médica: TV, só em doses homeopáticas

Por Natalia Cuminale Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 24 Maio 2016, 16h39 - Publicado em 7 Maio 2010, 10h43

Duas horas é o período máximo que crianças a partir de dois anos devem ficar diante da TV, segundo recomendação da Academia Americana de Pediatria (AAP). Embora não exista um número estabelecido pelas autoridades de saúde brasileiras, a indicação dos Estados Unidos é validada pelo presidente do departamento de Saúde Mental da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), Ricardo Halpern. O especialista defende ainda uma participação mais ativa dos pediatras brasileiros na difícil tarefa de limitar o acesso de crianças e adolescentes a dispositivos eletrônicos como TV, computador com acesso à internet, games e celulares. Confira a seguir a entrevista que Halpern concedeu a VEJA.com.

A Academia Americana de Pediatria publicou recentemente uma compilação que evidencia os efeitos negativos do uso excessivo de dispositivos eletrônicos por crianças e adolescentes. Essa é uma realidade que também preocupa a Sociedade Brasileira de Pediatria?

Sem dúvida. Os jovens brasileiros também têm acesso à mídia e provavelmente os efeitos que ocorrem lá são semelhantes aos que ocorrem aqui. A diferença é a magnitude. No Brasil, o tema é discutido em vários eventos da sociedade. Apesar de não existir uma recomendação formal, fazemos uma orientação: deve existir um limite de horas em frente à TV, assim como o envolvimento por parte dos pais na escolha da programação. Recomendamos que as crianças não tenham TV e computador dentro do quarto.

Por que ainda não há uma normatização, assim como ocorre na AAP?

É uma questão que a SBP se preocupa em normatizar. Esse tema deve ser abordado no próximo livro da Sociedade, sobre crianças de dois a dez anos. Temos que lembrar que essa é uma situação relativamente nova. Durante muito tempo, a pediatria se preocupou com doenças infecciosas e agora nós temos novos problemas que afetam a saúde. Em larga escala, temos TV no Brasil há 50 anos. O excesso de tecnologia, e seus efeitos negativos, é um problema que está aparecendo e passa a cumprir uma agenda. Ainda temos poucos estudos brasileiros sobre isso.

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Falar sobre o uso consciente dos meios eletrônicos está no cotidiano dos pediatras?

Imagino que isso não deve fazer parte da rotina de todas as orientações, como ocorre com as indicações para prevenções de acidentes domésticos, por exemplo. Mas certamente deveria estar nas recomendações. Sabendo de todas as consequências negativas, podemos considerar um problema de saúde pública. É papel da SBP oferecer informações aos médicos.

Que orientações dar aos pais que precisam de informações sobre o tema?

A exposição exagerada ao computador, videogame ou TV é um problema. Os pais devem pedir esclarecimento aos pediatras e se comportar de acordo com a faixa etária do filho. Trazer questionamentos para a consulta faz com que isso seja mais discutido.

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