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Nascem 15 milhões de bebês prematuros por ano em todo o mundo

Brasil é o décimo país da lista, com quase 280 mil partos prematuros, mas tem um baixo índice de partos prematuros por nascidos vivos

Por Da Redação
3 Maio 2012, 07h35
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  • Todos os anos, aproximadamente 15 milhões de bebês nascem prematuramente em todo o mundo, mais do que um em cada dez. Esse dado faz parte do estudo Born Too Soon (Nascidos Muito Cedo), realizado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que analisou o número de crianças prematuras país a país. O documento, o primeiro a trazer esse tipo de dado, ainda apontou que mais de um milhão desses bebês morrem por ano. O Brasil é o décimo país com mais partos antes do tempo normal de gestação, com 279.300 crianças nascidas nessa condição – 12.000 delas morrem por complicações em sua saúde.

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    Os dez países com maior número de bebês prematuros*

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    1. Índia – 3.519.100
    1. China – 1.172.300
    2. Nigéria – 773.600
    3. Paquistão – 748.100
    4. Indonésia – 675.700
    5. Estados Unidos – 517.400
    6. Bangladesh – 424.100
    7. Filipinas – 348.900
    8. República Democrática do Congo – 341.400
    9. Brasil – 279.300
    10. *nascidos em 2010

    O estudo considerou como bebê prematuro aquele que nasceu com 37 semanas de gestação ou menos. Segundo a OMS, esse tem sido um problema negligenciado por governos em todo o mundo. “Todos os recém-nascidos são vulneráveis, mas os prematuros são extremamente vulneráveis”, disse Ban Ki-moon, Secretário Geral do ONU.

    Essa é a segunda principal causa de mortes em crianças menores de 5 anos, só perdendo para a pneumonia. Os pesquisadores dizem que pelo menos três quartos desses bebês poderiam ter sobrevivido se tivessem recebido o tratamento adequado.

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    Desigualdade – A pesquisa mostra o quanto a taxa de partos prematuros – e de mortes decorrentes do problema – é desigual no mundo. Nos países mais pobres, perto de 12% dos bebês nascem antes da hora, enquanto a taxa fica perto dos 9% nos países mais ricos.

    Na lista dos 10 países com a maior taxa de bebês prematuros, 8 deles fazem parte da África subsaariana. Já quando considerado o número total de partos prematuros, os maiores países naturalmente ficam na frente, com Índia e China dominando o ranking.

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    prematuros-capa-info
    prematuros-capa-info (VEJA)

    Segundo a pesquisa, a taxa cresceu em quase todo o mundo. Nos países mais ricos, esse crescimento está ligado ao fato de as mulheres serem mães cada vez mais tarde e de serem usados cada vez mais métodos de fertilização. Nos países mais pobres, as causas são mais variadas, como infecções, malária, HIV e gravidez na adolescência.

    Países com a maior taxa de prematuros a cada 100 partos*

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    1. Malawi – 18,1 a cada 100
    2. Comores – 16,7
    3. Congo – 16,7
    4. Zimbabwe – 16,6
    5. Guiné equatorial – 16,5
    6. Moçambique – 16,4
    7. Gabão – 16,3
    8. Paquistão – 15,8
    9. Indonésia – 15,5
    10. Mauritânia – 15,4
    11. *nascidos em 2010

    Além disso, a pesquisa mostra a diferença entre os países no número de crianças que sobrevivem a essa condição. “Nos países pobres, mais de 90% dos bebês extremamente prematuros morrem nos primeiros dias de vida, enquanto menos de 10% morrem nos países ricos”, disse o epidemiologista americano Christopher Howson, que também tem cidadania brasileira e é um dos editores do estudo.

    Saúde – Segundo os pesquisadores, não seria caro para os governos diminuírem esse número de mortes. Alguns procedimentos baratos, como usar creme antisséptico para tratar infecções no cordão umbilical e antibióticos para cuidar de infecções gerais, poderiam salvar inúmeras vidas.

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    Somente o fornecimento de injeções de esteroides pré-natais para as mães, que ajudariam a desenvolver os pulmões dos bebês e prevenir doenças respiratórias, poderia salvar 400.000 crianças.

    Tragédia que poderia ser evitada

    “”Nos países pobres, mais de 90% dos bebês extremamente prematuros morrem nos primeiros dias de vida, enquanto menos de 10% morrem nos países ricos.”

    Christopher Howson, epidemiologista e um dos editores do estudo

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