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Mortes em hospitais psiquiátricos de Sorocaba serão investigadas

Média de mortes nos hospitais psiquiátricos privados da cidade está muito acima da média dos hospitais públicos do estado de São Paulo

Por Da Redação
18 abr 2011, 13h29

O estudo mostra ainda que o número de mortes praticamente dobrou nos meses frios, o que poderia indicar falta de cuidado. Em 13% dos casos as mortes foram causadas por pneumonia ou tuberculose, doenças tratáveis

Hospitais psiquiátricos privados da região de Sorocaba (SP) registraram 459 mortes de pacientes entre 2006 e 2009. O total de óbitos corresponde a um índice de 16,5 mortes para cada 100 leitos – a média dos hospitais psiquiátricos públicos do estado é de 6,5 mortes por 100 leitos, conforme estudo divulgado pelo Fórum da Luta Antimanicomial de Sorocaba (Flamas).

O levantamento foi feito com base no Banco de Dados do Sistema Único de Saúde (Datasus) e no Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) do Ministério da Saúde. Além dos quatro hospitais de Sorocaba, foram incluídos dois de Salto de Pirapora e um de Piedade, cidades vizinhas do município.

O alto índice de mortalidade levou a Câmara de Sorocaba a criar uma comissão para apurar as condições dos internos. Segundo o vereador Izídio de Brito, que preside a comissão, a precocidade das mortes também chamou a atenção. A média de idade dos pacientes mortos é de 49 anos – mais de um quarto tinha entre 17 e 39 anos. Houve ainda um número elevado de mortes por causas desconhecidas ou assinaladas apenas como causadas por parada respiratória. O levantamento mostra ainda que o número de mortes praticamente dobrou nos meses frios, o que poderia indicar falta de cuidado. Em 13% dos casos as mortes foram causadas por pneumonia ou tuberculose, doenças tratáveis.

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Num universo de 2.219 pacientes internados, 32% não tinham documentos. A média de internos sem documentos nos outros hospitais psiquiátricos do estado é de 14%. Os hospitais da região de Sorocaba têm 2.792 leitos para doentes mentais, média de 2,33 para cada mil habitantes, a maior do Brasil. Na cidade de São Paulo, por exemplo, são 0,10 leitos por mil habitantes.

O Conselho Regional de Medicina (CRM) em Sorocaba informou não ter recebido denúncia de familiares de pacientes sobre as questões apontadas pelo Flamas, que é formado por médicos e profissionais de saúde. De acordo com o delegado Wilson Campagnone, os hospitais são fiscalizados regularmente pelas Secretarias de Saúde do estado e do município.

(Com Agência Estado)

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