Ministério da Saúde indica dose de reforço para crianças de 5 anos ou mais

Pasta recomenda uso de vacina da Pfizer para crianças que receberam segunda dose há quatro meses

Por Paula Felix SEGUIR SEGUINDO Atualizado em 4 jan 2023, 17h22 - Publicado em 4 jan 2023, 17h20

Vacina pediátrica da Pfizer — PROTEÇÃO: Na terceira dose, deve ser administrada a vacina pediátrica da Pfizer (Pfizer/Divulgação)

O Ministério da Saúde anunciou nesta quarta-feira, 4, a recomendação de aplicação de dose de reforço da vacina da Pfizer contra a Covid-19 para crianças de 5 a 11 anos. A pasta indicou que a dose adicional seja administrada em um intervalo de quatro meses após a segunda dose e apontou estudos científicos que confirmam o aumento da proteção contra a doença como justificativa para decisão. O imunizante foi liberado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para a faixa etária no início de dezembro do ano passado.

Em nota técnica, a pasta informou que em estudo clínico, foi detectado um aumento de seis vezes no número de anticorpos após a dose de reforço em crianças com mais de 5 anos.

“Em outra sub análise, o reforço da vacina da Pfizer se mostrou eficaz contra a variante ômicron, com aumento de 36 vezes na produção de anticorpos nessa faixa etária”, informou o ministério. A recomendação ocorre dois dias depois da posse da nova ministra, Nísia Trindade, que afirmou que a “gestão será pautada pela ciência”.

A pasta informou que tanto crianças vacinadas com o imunizante da Pfizer quanto as que receberam CoronaVac devem receber a dose complementar com a vacina pediátrica da Pfizer. O ministério reforçou a importância de que os pais levem os filhos para completar o esquema vacinal “para garantir que os imunizantes atinjam a eficácia completa e protejam contra casos graves e mortes pela doença”.

Outras vacinas que integram o calendário do Programa Nacional de Imunizações (PNI) não devem ser atrasadas e podem ser administradas com o imunizante contra a Covid-19.