O Ministério da Saúde vai mudar a política de tratamento para a Influenza A (H1N1), a nova gripe. Em vez de um protocolo rígido, único para todo o país, a forma do uso do antiviral oseltamivir (comercializado com o nome de Tamiflu) ficará a critério do médico, desde que respeitadas determinações da vigilância local.
Isso significa que o profissional poderá iniciar o tratamento com o remédio quando quiser, com a dose que achar necessária e pelo tempo que julgar mais indicado. Em alguns casos – pacientes em estado muito grave, internados, com vômito ou entubados – será possível até mesmo duplicar a dose.
As mudanças fazem parte de um manual, que está sendo preparado pelo Ministério da Saúde e que deverá ser lançado ainda esta semana. “Tudo deverá ser feito de acordo com argumentações científicas. É dada liberdade ao profissional, mas que deve ser usada de forma criteriosa”, afirmou o diretor do Instituto de Infectologia Emílio Ribas, David Uip.
Até agora, o uso do medicamento está restrito para pacientes com sintomas de agravamento e pessoas com gripe que apresentem fatores de risco. O infectologista participou, ao lado de mais de uma dezena de especialistas, de uma discussão na segunda-feira com integrantes do Ministério da Saúde para tratar de alterações na forma da condução do tratamento.
(Com Agência Estado)