Médica suspeita de participação na morte de pacientes é presa em Curitiba
Prisão temporária foi efetuada pelo Núcleo de Repressão aos Crimes Contra a Saúde (Nucrisa), da Polícia Civil do Estado do Paraná
A chefe da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Universitário Evangélico de Curitiba, Virginia Soares de Souza, foi presa nesta terça-feira por suspeita de participar da morte de pacientes internados na UTI. De acordo com o Núcleo de Repressão aos Crimes Contra a Saúde (Nucrisa), da Polícia Civil do Estado do Paraná, a médica teve a prisão temporária decretada durante o cumprimento de mandados de busca e apreensão no local. As investigações correm em sigilo.
Em nota, a delegada titular do Nucrisa informa que “as medidas adotadas estão respaldadas em lei e que todas as providências necessárias visando a segurança e saúde da população serão tomadas”. A ação foi acompanhada pelo Ministério Público do Paraná, por meio da Promotoria de Justiça de Proteção à Saúde Pública de Curitiba. “Este inquérito e a prisão se devem a equívocos. Ela é médica, sempre agiu dentro dos critérios nacionais de terapia intensiva”, disse Elias Mattar Assad, advogado da médica, em entrevista ao Jornal Nacional.
Investigações – A Secretaria Municipal de Saúde abriu uma sindicância para investigar as irregularidades no hospital. Estará à frente da investigação o auditor do Ministério da Saúde Mário Lobato da Costa, mas a serviço da Secretaria Municipal de Saúde. Luis Carlos Sobania, diretor do Hospital das Clínicas de Curitiba, foi nomeado o médico-observador, que irá acompanhar a junta administrativa composta pela Secretaria Municipal de Saúde, Conselho Regional de Medicina e Sociedade Evangélica Beneficente.
Segundo a Secretaria Municipal, foi solicitada ao hospital a substituição da equipe de UTI Geral até que as investigações sejam concluídas. Dez novos leitos devem ser abertos na UTI do Hospital do Trabalhador, a fim de suprir a demanda deixada pelo Hospital Evangélico.