Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Mamografia deve ser indicada a mulheres acima dos 40

Recomendação americana também pede que o exame seja feito anualmente

Por Da Redação
21 jul 2011, 12h37

Exames de mamografia devem ser recomendados anualmente a todas as mulheres acima dos 40 anos, diz o Colégio Americano de Obstetras e Ginecologistas (ACOG, sigla em inglês). A recomendação aquece a já polêmica discussão americana sobre quais são as melhores indicações para os exames de mamografia. Os especialistas vêm debatendo e pesquisando qual seria a melhor idade para início dos exames de rotina e qual seria a frequência ideal – anualmente ou a cada dois anos.

“Nosso trabalho é ajudar as mulheres a tomarem a melhor decisão por elas mesmas. Pessoalmente, acredito que muitas farão o exame anualmente”, diz Jennifer Griffin, da Universidade de Nebraska e co-autora das recomendações. Outras organizações americanas, como a Sociedade Americana para o Câncer, também recomendam que as mamografias comecem a serem feitas a partir dos 40 anos.

Discussão – A Força Tarefa de Serviços Preventivos dos Estados Unidos (USPSTF, sigla em inglês), um painel com apoio federal, afirmou em 2009 que os exames feitos antes dos 50 anos deveriam ser uma escolha pessoal da mulher, uma vez que os benefícios são pequenos quando comparados aos riscos. Mesmo na faixa dos 50 anos, a USPSTF recomenda que os exames sejam feitos a cada dois anos.

De acordo com Michael LeFevre, da USPSTF, quando a mamografia é feita a cada dois anos – e não anualmente -, as mulheres têm os mesmo benefícios dos exames anuais, mas com uma redução significativa dos riscos. “Discuto mamografia com mulheres na faixa dos 40 anos, recomendo e encorajo as com 50 anos a fazerem e indico seriamente para aquelas com cerca de 60 anos”, diz.

Um dos consensos sobre o assunto entre os especialistas, no entanto, é que uma em cada oito mulheres terá câncer de mama em algum momento da vida. Segundo LeFreve, para cada 1.000 mulheres na faixa dos 40 anos, 30 devem morrer em função do câncer se nunca fizerem mamografia. Mas, caso essas 1.000 mulheres façam os exames a cada dois anos entre os 50 e os 75 anos, esse número tenderia a cair para 23 mortes. Se os exames começassem a serem feitos na faixa dos 40 anos, 22 mulheres morreriam.

Indicação – As novas recomendações feitas pela ACOG focam as mulheres com idade de risco para o câncer de mama, e não aquelas que têm uma predisposição genética à doença, por exemplo. O Colégio acredita ainda que toda mulher deve saber qual é a aparência de seu seio para ajudar o médico durante um exame. “Se a mulher notar algo de diferente e no exame não der nada, ela ainda assim deve avisar ao médico sobre essa alteração”, diz Jennifer Griffin.

Continua após a publicidade

Leia também:

Mamografia reduz em 30% as mortes por câncer de mama

(Com agência Reuters)

Clique nas perguntas abaixo para saber mais sobre o câncer de mama:

Dr. Antonio Wolff

O oncologista Antonio Wolff é especialista em câncer de mama. Está começando um projeto de pesquisa com 8.000 mulheres, que fará testes com dois remédios – trastuzumabe e lapatinibe. Os primeiros resultados deverão começar a aparecer em dois anos.

Formado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, Wolff é pesquisador da Universidade Johns Hopkins há doze anos. Ali, atende pacientes duas vezes por semana e estuda, faz pesquisas, dá palestras. Seu foco é no que pode ser feito para melhorar a vida do paciente.

Continua após a publicidade

Prevenção Quais são os sintomas do câncer de mama? O autoexame é eficaz?

Vídeo

Há alguma mudança em hábitos de vida que previnem o câncer de mama?

Vídeo

A mastectomia preventiva é válida como prevenção? Quais são os critérios que devem ser levados em conta antes de se submeter a uma cirurgia do tipo?

Vídeo

É verdade que alguns hormônios podem estimular o crescimento de tumores? Quais são as consequências disso para o cotidiano das mulheres, que deixam de fazer reposição hormonal?

Vídeo

Qual a necessidade de fazer mamografia? Porque ainda não inventaram um método melhor, menos doloroso?

Vídeo

Tratamento O citrato de tamoxifeno é um remédio ainda utilizado nos EUA?

Vídeo

É verdade que a radioterapia pode não ajudar em nada – e até prejudicar?

Vídeo

Por que medicamentos iguais não funcionam da mesma forma para todas as pessoas?

Vídeo

Qual o risco do câncer voltar mais forte e em outros lugares do corpo após o término do tratamento?

Vídeo

Existem medicamentos para diminuir os efeitos colaterais da quimioterapia?

Vídeo

Perguntas gerais Por que o câncer de mama é menos frequente nos homens?

Vídeo

Há registros de doentes que se curaram por completo após uma metástase e é possível uma sobrevida acima de cinco anos?

Vídeo

É possível participar das pesquisas conduzidas na Universidade Johns Hopkins?

Vídeo

Quais as probabilidades dos filhos de uma pessoa com câncer também desenvolverem a doença? E o que fazer para evitar?

Vídeo

Quais as chances de ter uma vida normal após o câncer?

Vídeo

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.