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Inscritos no programa rejeitam cidades sem profissionais

Dos 272 municípios sem nenhum médico atuando no Programa Saúde da Família, apenas 33 foram escolhidos para participar do Mais Médicos

Por Da Redação
15 set 2013, 14h33

Entre as 272 cidades do país que não têm nenhum médico nas equipes do Programa Saúde da Família (PSF), somente 12% receberam profissionais vinculados ao Mais Médicos. Os números demonstram que, mesmo com o novo programa governamental, a rejeição a esses municípios persiste: dezessete das 33 cidades beneficiadas terão apenas médicos cubanos, designados pelo governo federal.

A saúde da família e a atenção básica são apontados como um os focos do programa Mais Médicos. O PSF inclui, justamente, visitas domiciliares dos profissionais às famílias e permite que haja um monitoramento mais próximo de sua saúde. Criado em 1994, ele se tornou essencial em comunidades em situação de extrema pobreza e regiões mais distantes.

De todas as cidades que não possuem nenhum médico no PSF, 189 delas – ou 69% – pediram profissionais para o Mais Médicos nas duas etapas de seleção. Entre elas, somente 48 foram consideradas prioritárias pelo governo – mas nem isso garantiu o atendimento pelo programa.

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Decepção – É o caso de Jandira, com 110.842 habitantes, na Região Metropolitana de São Paulo. A cidade não tem equipe de saúde da família e requisitou 28 médicos ao governo federal. “O que eu posso dizer é que estou frustrado, decepcionado. Pedimos 28 médicos. Não esperava receber todos, mas pelo menos um terço disso”, afirmou Elissandro Márcio Lindoso, secretário municipal de Saúde.

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De acordo com ele, a cidade enfrenta sérios problemas de fixação de médicos por causa da questão salarial. A prefeitura paga, em média, 5 mil reais por um contrato de 40 horas semanais, a metade do valor que será pago no Mais Médicos. No início do ano, Jandira pediu ao governo profissionais pelo Programa de Valorização da Atenção Básica (Provab), voltado para recém-formados em Medicina. A bolsa é de 8 mil reais. “Quatro médicos se inscreveram, dois desistiram no meio, dois vieram trabalhar e só um continua. É muito difícil”, diz o secretário.

A situação se repete de norte a sul do país, principalmente em cidades pequenas e de regiões distantes. O município de Carrapateira, na Paraíba, por exemplo, não tem nenhum médico de saúde da família para os 2.441 habitantes. A cidade requisitou profissionais ao programa, foi considerada prioritária, mas acabou não sendo contemplada. O mesmo aconteceu em Itapevi, na Grande São Paulo.

(Com Estadão Conteúdo)

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