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Guia ajuda médico a dar más notícias para familiares

Por Da Redação
13 fev 2012, 07h30

Por AE

São Paulo – Na última década, o Brasil dobrou o número de transplantes – alcançou 23.397 cirurgias em 2011. A abordagem das famílias de possíveis doadores, porém, ainda é tabu para os médicos. Para facilitar essa tarefa, a psicóloga Kátia Magalhães, coordenadora familiar do Programa Estadual de Transplantes do Rio de Janeiro, criou uma espécie de guia das más notícias – 12 passos que o profissional deve seguir para se comunicar melhor com o paciente e os familiares.

A ideia do protocolo surgiu em 2011, depois que Kátia participou do curso Comunicação de Notícias Difíceis, oferecido a profissionais de saúde pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca) e Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein. Ali, ela tomou contato com o protocolo Spikes, método criado por médicos americanos, há dez anos, para nortear a comunicação de más notícias a pacientes com câncer.

Kátia, então, adaptou o guia americano de seis etapas para a realidade do transplante. E dobrou o número de “passos”. “Muitos médicos se sentem incomodados em falar com os familiares de possíveis doadores. Eles entendem que já é um momento tão triste para a família que se sentem constrangidos de falar em doação. Mas as pesquisas depois do transplante revelam que para a família é como um conforto. Doar alivia o luto”, afirma a psicóloga. Cada família reage de uma forma diferente ao luto – algumas entram em um processo de negação, outras reagem violentamente; há ainda as que entram em apatia.

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“Quanto mais capacitação tiver o profissional de saúde, mais ferramenta ele terá para lidar com o imponderável da situação. Não existe fórmula fechada para lidar com a comunicação da morte. A ideia dos 12 passos é ter um norte para seguir. Eles servirão de base para o profissional lidar com essa situação tão difícil”.

As dicas parecem simples. Entre elas, usar linguajar acessível, evitar termos técnicos, certificar-se de que a família (ou o paciente) está entendendo o que ocorreu, observar as emoções da pessoa que está recebendo a notícia. O trabalho foi apresentado no Congresso Brasileiro de Transplantes, em outubro, e no Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (Into), nesta semana. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

AE

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