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Governo vê ‘relação provável’ entre microcefalia e zika

Número de casos da anomalia que prejudica o desenvolvimento cerebral dos bebês disparou para 399 apenas neste ano, segundo o Ministério da Saúde

Por Da Redação
17 nov 2015, 19h33

O Ministério da Saúde confirmou nesta terça-feira ter identificado a presença do vírus zika em exames coletados em dois fetos com microcefalia. Os resultados indicam uma possível relação entre o súbito aumento nos casos da anomalia e a entrada do zika no Brasil, a partir do início deste ano.

“Não podemos ser categóricos. Mas a presença do vírus não é apenas uma coincidência”, disse o diretor do Departamento de Doenças do Ministério da Saúde, Cláudio Maierovitch, em entrevista coletiva nesta terça. “Estamos sendo extremamente cautelosos nessa relação, porque a situaç��o é nova no mundo. Até agora, não havia nenhum relato entre o vírus zika com malformação congênita. Por isso falamos de uma relação provável.”

Cláudio Maierovitch informou ainda que os testes realizados com a retirada de líquido amniótico não são feitos rotineiramente por apresentarem riscos. Outras possíveis causas, de acordo com o diretor, seguirão sendo pesquisadas. O zika vírus é transmitido pelo mosquito da dengue, o Aedes aegypti.

Número de casos dispara – A microcefalia é uma anomalia que prejudica o desenvolvimento do cérebro dos recém-nascidos e se caracteriza pela circunferência cefálica inferior a 33 centímetros. O número de casos no país, que costumava fica em dez ao ano, disparou em 2015 para 399. Os casos foram registrados em Pernambuco (268), Sergipe (44), Rio Grande do Norte (39), Paraíba (21), Piauí (10), Ceará (9) e Bahia (8). A maior parte deles foi identificada nos últimos três meses.

Diante do avanço, o ministério tornou compulsória a notificação de casos da anomalia em todo território nacional. Dessa forma, o protocolo para identificação de bebês com o problema, desenvolvido em Pernambuco, deverá ser usado em todo o país.

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A Organização Mundial da Saúde foi comunicada sobre os resultados dos exames divulgados nesta terça. Ao fazer o anúncio, o diretor convidou cientistas de todo o Brasil e do mundo a ajudar na comprovação de uma eventual relação entre a infecção por zika e o aumento de casos de microcefalia.

Maierovitch afirmou que a situação é extremamente preocupante. “Embora ainda não haja confirmação, os resultados demonstram a necessidade de se reforçar ainda mais as medidas de combate ao mosquito transmissor da doença”, disse. O diretor admitiu que a tarefa não é fácil. A própria história da dengue no Brasil demonstra os entraves. O vírus da dengue chegou no país na década de 80 e, desde então, foram sucessivas as epidemias provocadas pela doença.

(Com Estadão Conteúdo e Agência Brasil)

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