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Governo libera certificado a quem tomou doses de vacinas diferentes

O documento pode ser emitido por meio do aplicativo ConectSUS. Além disso, Fiocruz estudará efetividade da associação das vacinas CoronaVac e AstraZeneca

Por Cilene Pereira
22 out 2021, 19h03

Duas notícias nesta sexta-feira 22 sobre a intercambialidade (tomar duas doses de marcas diferentes) entre vacinas contra a Covid-19. A primeira é a de que o Ministério da Saúde anunciou a liberação de emissão do certificado de vacinação para pessoas que foram imunizadas com este esquema vacinal. A emissão poderá ser realizada por meio do aplicativo ConecteSUS. 

A outra notícia é a de que a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) irá estudar os efeitos da imunização com a combinação das vacinas CoronaVac e AstraZeneca, ambas produzidas no Brasil. Por enquanto, pesquisas a respeito da eficácia da chamada intercambialidade entre imunizantes focaram na associação de doses dos imunizantes da Pfizer-BiioNTech e da AstraZeneca. Não há na literatura científica até o momento conclusões sobre o uso da CoronaVac e da AstraZeneca. “Os resultados do projeto devem esclarecer se os protocolos com combinação dessas vacinas induzem proteção e a duração da imunidade. Essas informações podem contribuir para o planejamento do Programa Nacional de Imunizações, apontando esquemas mais efetivos e permitindo a substituição de vacinas caso haja falta de doses de um dos imunizantes”, destaca Adriana Vallochi, coordenadora do projeto e pesquisadora do Laboratório de Imunofarmacologia do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz). Segundo a cientista, a combinação de imunizantes pode gerar uma resposta imune intensa e duradoura, mas é preciso confirmar a efetividade desses esquemas vacinais.

O estudo acompanhará 1.400 voluntários, divididos em cinco grupos: vacinados com CoronaVac na primeira dose e AstraZeneca, na segunda; com AstraZeneca, na primeira aplicação, e CoronaVac, na segundaª; com os esquemas regulares de duas doses dessas vacinas; e não vacinados. Os pesquisadores avaliarão a capacidade de as combinações estimularem a resposta imune e sua segurança das combinações das vacinas.

A evolução da resposta imune será acompanhada por, no mínimo, um ano, com entrevistas e coletas de amostras em três momentos: aproximadamente, dois meses, seis meses e 12 meses após a segunda dose. Serão registrados os efeitos adversos após a vacinação e os casos de infecção pelo SARS-CoV-2, o vírus causador da Covid-19.

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Além disso, os cientistas querem identificar moléculas que possam ser utilizadas como biomarcadores de proteção e investigarão se características genéticas dos indivíduos influenciam na resposta às vacinas. Considerando os casos de infecção, a pesquisa deve identificar ainda as variantes virais envolvidas, contribuindo para avaliar a efetividade dos imunizantes contra diferentes linhagens do novo coronavírus.

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