Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Governo desiste de aumentar em 2 anos curso de medicina

Serviço obrigatório no SUS será integrado à residência médica; recém-formados terão de atuar na atenção básica e na emergência da rede pública

Por Da Redação 31 jul 2013, 15h22
  • Seguir materia Seguindo materia
  • O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, anunciou nesta quarta-feira que o governo desistiu de aumentar em dois anos o período de duração dos cursos de medicina. A ampliação da grade curricular fazia parte do programa Mais Médicos, divulgado pela Presidência no começo de julho. O objetivo de fazer com que os alunos atuem no Sistema Único de Saúde (SUS), no entanto, ainda não foi descartado. Segundo a pasta, os dois anos extras serão transferidos para a residência médica, que passa a ser obrigatória.

    Publicidade

    Após ter a medida classificada como autoritária por entidades da saúde, como o Conselho Federal de Medicina (CFM), o governo optou por acatar a proposta da comissão de especialistas criada para discutir o programa federal. O grupo, coordenado pelo ex-ministro da Saúde Adib Jatene, sugeriu que a residência médica seja requisito obrigatório para os médicos exercerem a profissão. Durante parte desse período de residência, o médico seria, então, encaminhado para o atendimento ao SUS.

    Publicidade

    Leia também:

    Anos extras na formação do médico podem ser incorporados na residência

    Publicidade

    Governo vai aumentar bolsa de residência médica em 24,8%

    Continua após a publicidade

    Atualmente, o estudante de medicina que se forma na graduação já pode atender como clínico – fazendo plantões em hospitais, por exemplo -, uma vez que possui registro no Conselho Regional de Medicina. Com a mudança, o governo terá de criar, até 2017, vagas de residência suficientes para atender toda a demanda de médicos recém formados. Isso porque hoje em dia apenas cerca de metade dos formados consegue uma vaga na residência. A especialização de dois anos se tornará obrigatória a partir de 2018.

    Publicidade

    SUS – Durante o primeiro ano de especialização, os médicos recém-formados terão de atuar, necessariamente, na atenção básica e de emergência da rede pública de saúde. Já no ano seguinte, os profissionais poderão dedicar-se à área específica na qual seguirão carreira.

    De acordo com Mercadante, a atuação na atenção básica e de emergência terá orientação direcionada para a especialidade da residência e descartou que a mudança, ao separar um ano da especialização para a emergência, afete a qualificação dos estudantes. “É na atenção primária que a gente resolve 80% das demandas médicas. Essa vivência é necessária e é isso que precisamos fortalecer no país”, alegou.

    Publicidade

    A alteração no programa Mais Médicos foi decidida nesta manhã, após reunião de mais de duas horas entre a comissão do Ministério da Educação e coordenadores e reitores de cursos de medicina. Fica mantida a criação de mais vagas na rede pública e a importação de profissionais estrangeiros, caso os médicos brasileiros não cubram todo o déficit, concentrado principalmente nas periferias brasileiras.

    Publicidade
    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Domine o fato. Confie na fonte.

    10 grandes marcas em uma única assinatura digital

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo
    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 2,00/semana*

    ou
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 39,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.