Filhos de pais separados são mais propensos à obesidade
Em pesquisa, excesso de peso era 54% mais comum entre crianças com pais divorciados do que casados
O estado civil dos pais pode influenciar o peso dos filhos, concluiu um estudo publicado no periódico BMJ Open nesta quarta-feira. Segundo a pesquisa, filhos de pais divorciados são 54% mais predispostos à obesidade e ao sobrepeso e 89% à obesidade abdominal, comparadas às crianças cujos pais são casados.
CONHEÇA A PESQUISA
Título original: Parental marital status and childhood overweight and obesity in Norway: a nationally representative cross-sectional study
Onde foi divulgada: periódico BMJ Open
Quem fez: Anna Biehl, Ragnhild Hovengen, Else-Karin Grøholt, Jøran Hjelmesæth, Bjørn Heine Strand e Haakon E Meyer
Instituição: Instituto de Saúde Pública da Noruega, entre outras
Resultado: Filhos de pais divorciados eram 54% mais predispostos à obesidade e ao sobrepeso e 89% à obesidade abdominal do que filhos de pais casados.
Pesquisadores da Noruega analisaram peso, altura e circunferência abdominal de mais de 3 000 crianças de, em média, oito anos. As informações eram do Estudo de Crescimento de Crianças Norueguesas, feito em 2010. Cerca de uma em cada cinco crianças (19%) estava com sobrepeso ou obesidade. Menos de uma em dez (8,9%) tinha obesidade abdominal.
Em seguida, os cientistas analisaram o estado civil dos pais, divididos em três categorias: casados, nunca casados (incluindo os que moram juntos, são solteiros ou vivem em casas separadas) e divorciados.
Os pesquisadores então constataram que a taxa de sobrepeso, obesidade e obesidade abdominal era substancialmente maior entre filhos de pais divorciados do que de pais casados ou nunca casados.
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Os cientistas apontam como possíveis causas uma eventual queda no padrão de vida e aumento do consumo de alimentos processados, ricos em gordura e calorias. Eles alertam, porém, que não levaram em conta como o divórcio ocorreu e o estilo de vida das crianças, a exemplo de dieta e prática de exercícios físicos.