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Facebook coloca novo dilema ético a médicos

Pesquisadores sustentam que profissionais que mantêm perfis na rede não estão preparados para lidar com pacientes no ambiente virtual

Por Da Redação
16 dez 2010, 15h38
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  • Um em cada sete médicos disseram que decidiriam caso por caso se adicionariam um paciente como amigo no Facebook.

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    A adesão de médicos à rede social Facebook abriu um novo debate sobre a ética desses profissionais. Estudo realizado por pesquisadores do Hospital Lariboisièreque, na França, que ouviu 400 médicos em formação na Universidade Hospital Rouen mostrou que 73% dos entrevistados mantêm perfis na rede com dados que permitem facilmente sua identificação – caso de nome real, data de nascimento e foto (91%). Um em cada sete médicos acrescentou ainda que poderia adicionar pacientes em seu grupo de amigos do Facebook.

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    “Essa nova interação entre paciente e médico resulta em uma situação eticamente problemática, porque não está relacionada à assistência direta ao paciente”, defenderam os autores do estudo no Journal of Medical Ethics. “Além disso, a disponibilidade pública de informações sobre a vida privada de um médico pode ameaçar a confiança mútua entre ele e seu paciente. Comentários e fotos postados on-line podem ser mal interpretados fora do seu contexto original e podem não refletir com precisão as suas opiniões e comportamentos da vida real.”

    Por ora, a preocupação dos estudiosos pode ser exagerada. Poucos pacientes de fato pediram a seus médicos que os aceitassem entre seus grupos de amigos. Segundo o estudo, só 6% dos médicos entrevistados haviam recebido tal solicitação; 4% aceitaram.

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    Porém, os autores da pesquisa preveem que esses números vão aumentar com o tempo e apostam que os médicos não estão preparados para isso. Só 61% haviam mudado suas configurações de privacidade, mas 17% não lembravam que alterações haviam promovido. Profissionais com menos de um ano de cadastro na rede se mostraram mais suscetíveis a erros nessas configurações. Além disso, 55% davam informações profissionais no perfil e 59%, dados sobre sua formação.

    A grande maioria, contudo, ainda diz que recusaria imediatamente um pedido de amizade de um paciente (85%). As razões mais citadas para isso são o medo de interesse romântico e a necessidade de manter uma distância profissional. Só no fim da lista apareceu a suspeita de que a relação on-line fosse antiética. O Facebook se recusou a comentar a pesquisa.

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