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EUA concluem primeira fase de estudo de vacina contra chikungunya

Pesquisa, ainda inicial, sugere que método é seguro e pode proteger contra a doença, provocada por vírus "primo da dengue"

Por Da Redação
15 ago 2014, 09h31
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  • Testes clínicos iniciais feitos com uma vacina contra a chikungunya apontam que o método parece ser seguro e eficaz em proteger contra a doença, que é transmitida por um vírus e provoca sintomas semelhantes aos da dengue. A imunização vem sendo desenvolvida pelo Instituto Nacional de Saúde (NIH, na sigla em inglês) dos Estados Unidos.

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    Título original: Safety and tolerability of chikungunya virus-like particle vaccine in healthy adults: a phase 1 dose-escalation trial

    Onde foi divulgada: periódico The Lancet

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    Quem fez: Lee-Jah Chang, Kimberly Dowd, Floreliz Mendoza, Theodore Pierson, Barney Graham, Julie Ledgerwood e outros

    Instituição: Instituto de Alergia e Doenças Infecciosas do Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos

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    Resultado: Testes inicias de vacina chikungunya sugerem que ela pode ser segura e eficaz para reduzir os casos da doença.

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    Não existe uma vacina contra a chikungunya atualmente, mas há algumas em fases de testes. A desenvolvida pelo NIH é composta por partículas do vírus da doença que não são capazes de provocar uma infecção, porque não contêm material genético do microrganismo. Ao entrar em contato com tais partículas, o sistema imunológico do paciente desencadeia uma reação parecida com a que aconteceria se ele fosse infectado de fato. Com isso, o seu corpo fica mais fortalecido para combater um possível contágio.

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    Essa é a primeira etapa clínica dos testes da vacina, que, até então, havia sido testada somente em macacos. A fase inicial de um estudo clínico é feita para analisar a segurança e a tolerabilidade de uma substância, mas já dá pistas sobre a sua eficácia.

    Vacinação – Participaram dos testes 25 voluntários de 18 a 25 anos. Eles receberam três doses da vacina: uma no início do estudo, outra após quatro semanas e a última, após dezesseis semanas. Em seguida, os pesquisadores analisaram a resposta imunológica dos participantes. Para isso, mediram os seus níveis de anticorpos relacionados ao combate da infecção.

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    De acordo com os resultados, publicados nesta sexta-feira na revista médica The Lancet, a vacina foi bem tolerada de maneira geral e não foram registrados eventos adversos graves ou quadros de inflamação. Todos os voluntários apresentaram resposta imunológica após as doses da vacina. Além disso, os anticorpos puderam ser detectados no corpo dos indivíduos mesmo seis meses após a última imunização.

    “Onze meses após a vacinação, os níveis de anticorpos foram comparáveis aos de pessoas que acabaram de se recuperar de uma infecção natural de chikungunya, sugerindo que a vacina pode oferecer proteção a longo prazo”, diz a coordenadora do estudo, Julie Ledgerwood, pesquisadora do Instituto de Alergia e Doenças Infecciosas do NIH. “Além disso, a vacina gerou anticorpos contra várias cepas do vírus.”

    Leia também:

    ​EUA confirmam primeira transmissão de chikungunya dentro do país

    A febre chikungunya é provocada por um vírus que pode ser transmitido pela picada principalmente dos mosquitos Aedes aegypti, o mesmo da dengue, e o Aedes albopictus. Ambos existem no Brasil. A doença é comum em algumas regiões da África, mas já houve casos em países da Ásia e da Europa. Recentemente o vírus foi identificado em ilhas do Caribe e na Guiana Francesa.

    Brasil – Neste ano, trinta pessoas foram diagnosticadas com febre chikungunya no Brasil. No entanto, não há casos de transmissão dentro do país. Todos os pacientes foram infectados em países onde há circulação do vírus, como o Haiti.

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    Em um texto publicado junto com a pesquisa, Ann Powers, especialista do Centro Para Controle e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês) dos Estados Unidos, fez algumas ressalvas em relação aos custos da vacina. “O desenvolvimento de uma vacina para um único agente é um desafio, porque o mercado pode não ser grande o suficiente para justificar o investimento. O custo do desenvolvimento de uma vacina, desde os estudos pré-clínicos até o seu registro, é estimado em 200 a 500 milhões de dólares”, diz.

    “Apesar disso, vacinas são as estratégias com maior custo-efetividade para a prevenção de doenças. Por isso, dada a carga dos surtos de chikungunya em determinadas regiões, o desenvolvimento dessa vacina deve ser encorajado.”

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