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Estudo pode ajudar na criação de teste que prevê risco de depressão pós-parto

Pesquisadores americanos descobriram que determinadas variações em dois genes estão associadas ao surgimento dos sintomas da doença

Por Da Redação
21 Maio 2013, 18h52
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  • Cientistas da Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos, conseguiram identificar dois genes relacionados à depressão pós-parto. A partir dessa descoberta, a equipe acredita que, no futuro, um simples teste genético poderá prever o risco de uma mulher sofrer do transtorno. O trabalho foi publicado nesta terça-feira no periódico Molecular Psychiatry, braço da Nature.

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    Título original: Antenatal prediction of postpartum depression with blood DNA methylation biomarkers

    Onde foi divulgada: periódico Molecular Psychiatry

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    Quem fez: Zachary Kaminsky e equipe

    Instituição: Universidade Johns Hopkins, EUA

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    Dados de amostragem: Camundongos e amostras de sangue de 52 mulheres grávidas

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    Resultado: Mudanças epigenéticas nos genes TTC9B e o HP1BP3, relacionados ao hipocampo, região do cérebro que regula o humor, podem levar à depressão pós-parto.

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    A depressão pós-parto é caracterizada por sentimentos persistentes de tristeza, exaustão e ansiedade, que começam até um mês após o nascimento do bebê e podem durar um ano. De acordo com Zachary Kaminsky, professor de psiquiatria e coordenador do estudo, estima-se que de 10% a 18% das novas mães sofram dessa forma de depressão.

    A equipe de Kaminsky descobriu que variações epigenéticas nos genes TTC9B e o HP1BP3 podem prever com 85% de precisão o risco de uma mulher ter depressão pós-parto. A epigenética trata de modificações no DNA que sinalizam aos genes se eles devem se expressar ou não. Esses marcadores não chegam a alterar nossa genética, mas deixam uma marca permanente ao ditar o destino do gene: se um gene não se expressa, é como se ele não existisse. De acordo com Kaminsky, esses dois genes, que até então não eram tão conhecidos, parecem estar associados à criação de novas células no hipocampo e à habilidade de o cérebro reconhecer e se adaptar a novos ambientes.

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    O estudo foi feito em duas etapas. A primeira, realizada em camundongos, permitiu que os cientistas identificassem esses dois genes por meio de um modelo estatístico. Depois, a equipe confirmou os resultados dos testes com animais a partir da análise das amostras de sangue de 52 mulheres grávidas.

    “Nós estamos muito surpresos em ver como os genes se relacionam com a depressão pós-parto. Com a realização de mais pesquisas, esses dados podem se transformar em uma ferramenta poderosa”, diz Kaminsky. De acordo com o pesquisador, sua equipe pretende analisar amostras de sangue de um grupo maior de grávidas e acompanhá-las por um período de tempo mais longo. Os cientistas também estão interessados em saber se tais mudanças epigenéticas também estão presentes nos filhos de mulheres que tiveram depressão pós-parto.

    Alberto d’Auria é ginecologista obstetra do grupo Santa Joana e especialista em doenças do colo uterino Vídeo Vídeo Vídeo Vídeo Vídeo Vídeo Vídeo

    O que é depressão pós-parto?

    Quais são os principais sintomas?

    A depressão pós-parto pode atingir homens?

    A mãe que teve depressão pós-parto na primeira gravidez pode ter novamente?

    Quanto tempo pode durar a depressão pós-parto?

    Quais os riscos para o bebê?

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    Quais são as causas?

    Qual o perfil da mulher mais suscetível à depressão pós-parto?

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    Existe algum exame que possa detectar a depressão pós-parto?

    É possível prevenir e evitar a depressão pós-parto?

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    Qual é o tratamento para depressão pós-parto?

    Como os pais podem ajudar a mãe durante este período?

    Após o tratamento, a mãe pode retomar a maternidade normalmente?

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