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Estudo cria alternativa sem radiação para exame oncológico

Pesquisadores aplicaram ressonância com novo agente de contraste e tornaram o exame tão eficaz quanto uma tomografia computadorizada

Por Da Redação
19 fev 2014, 10h45
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  • Pesquisadores parecem ter encontrado uma alternativa para submeter crianças a um exame diagnóstico de câncer sem expô-las à radiação – reduzindo, assim o risco de um novo caso da doença no futuro. A técnica é baseada em um exame de ressonância magnética comum, mas que faz uso de um agente de contraste diferente para melhorar a visibilidade do tumor. A substância consiste em nanopartículas de ferro, atualmente aplicadas na forma de injeção para tratar anemia.

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    Em um estudo feito para testar o exame, os pesquisadores concluíram que ele pode ser tão eficaz quanto tomografias que emitem radiação para detectar e detalhar um tumor. A pesquisa, feita na Universidade Stanford, Estados Unidos, foi descrita em um artigo publicado nesta terça-feira na revista médica The Lancet Oncology.

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    Um dos exames mais eficazes para detectar um câncer é o PET Scan, ou PET/CT, que combina duas técnicas: a tomografia por emissão de pósitrons e a tomografia computadorizada. A abordagem permite identificar a extensão de um tumor e determinar o prognóstico da doença, além do tratamento que será escolhido para combatê-la. Um único exame como esse feito no corpo inteiro, porém, pode emitir níveis de radiação equivalentes aos de 700 radiografias do tórax. Essa exposição eleva o risco de um novo caso de câncer, principalmente em crianças e adolescentes, que são mais vulneráveis por estarem em fase de crescimento.

    Apesar da radiação, esse tipo de técnica costuma ser considerado melhor do que uma ressonância magnética por uma série de motivos. Enquanto o PET Scan leva poucos minutos para ser realizado, uma ressonância de corpo inteiro pode demorar até duas horas. Além disso, em muitos órgãos, a ressonância não consegue distinguir tecidos cancerígenos dos saudáveis. E mais: os agentes de contrastes usados até então nesse exame saem rapidamente dos tecidos, o que é um problema considerando que se trata de uma abordagem de longa duração.

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    A nova substância de contraste usada pelos pesquisadores de Stanford, porém, pode permanecer no organismo por vários dias. Além disso, segundo os autores, as nanopartículas de ferro permitem que os tumores fiquem mais visíveis. “Nós fomos capazes de encontrar uma nova forma de integrar informações anatômicas e fisiológicas à ressonância magnética e torná-la mais eficiente”, disse Christopher Klenk, coordenador do estudo.

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    Comparação – A pesquisa americana testou tanto o exame PET Scan quanto a ressonância magnética com nanopartículas de ferro em 22 pacientes de 8 a 33 anos que apresentavam um linfoma ou sarcoma malignos, doenças que se originam no sistema imunológico e nos ossos, respectivamente. De 174 tumores, o PET Scan detectou 163 e a ressonância, 158. Ainda segundo os resultados, estatisticamente, ambas as técnicas tiveram a mesma sensibilidade, especificidade e exatidão no diagnóstico. A nova ressonância magnética não apresentou efeitos adversos graves.

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    De acordo com os pesquisadores, se a nova abordagem se mostrar eficaz em estudos maiores, ela poderia ser aplicada com o mesmo custo de uma tomografia computadorizada. “Embora os nossos resultados precisem ser confirmados em um grupo maior de pacientes, nosso estudo mostrou que a ressonância magnética de corpo inteiro pode ser aplicável na prática clínica e é capaz de proteger os pacientes mais jovens contra os riscos da exposição à radiação”, diz Heike Daldrup-Link, professor de radiologia de Stanford e um dos autores do trabalho.

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