Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Estudo comprova ligação entre zika e danos cerebrais no feto

O vírus zika ataca e destrói as células cerebrais humanas em desenvolvimento no feto, revela um estudo publicado nesta sexta-feira com base em observações em laboratório. O estudo do Instituto de Engenharia Celular da Universidade Johns Hopkins é a primeira prova experimental de um vínculo biológico entre o vírus transmitido por um mosquito e o […]

Por Da Redação
4 mar 2016, 19h12
  • Seguir materia Seguindo materia
  • O vírus zika ataca e destrói as células cerebrais humanas em desenvolvimento no feto, revela um estudo publicado nesta sexta-feira com base em observações em laboratório. O estudo do Instituto de Engenharia Celular da Universidade Johns Hopkins é a primeira prova experimental de um vínculo biológico entre o vírus transmitido por um mosquito e o drástico aumento de casos de microcefalia, uma severa má-formação do cérebro e do crânio em recém-nascidos.

    Publicidade

    Até agora, o vínculo comprovado era apenas circunstancial, explica Guo-li Ming, professor de neurologia do Instituto de Engenharia Celular da Universidade Johns Hopkins, em Maryland, nos Estados Unidos, que codirigiu a investigação.

    Publicidade

    “Estudos em fetos e bebês com cérebro reduzido e microcefalias em zonas afetadas pelo vírus da zika encontraram anomalias no córtex e vírus nos tecidos fetais”, diz o estudo.

    LEIA TAMBÉM:

    Publicidade

    Vírus zika é encontrado em pernilongo comum, diz estudo

    Continua após a publicidade

    Nas experiências em laboratório, os cientistas expuseram três tipos de células humanas ao zika vírus. O primeiro, conhecido como células progenitoras neuronais humanas (hNPCs), é crucial para o desenvolvimento do córtex, ou camada superficial do cérebro, no feto. O dano nestas células, que em seguida se desenvolvem como neurônios maduros, parece coerente com os transtornos causados pela microcefalia.

    Publicidade

    Os outros dois tipos de células eram células-mãe e neurônios.

    Como se previa, o zika vírus atacou as hNPCs. Após três dias de exposição, 90% foram infectadas e um terço delas morreu. Enquanto isso, as células infectadas começaram a replicar cópias do vírus. Os genes necessários para combater o vírus não foram ativados, algo altamente incomum.

    Publicidade

    VulneráveisNossos resultados demonstram claramente que em testes de laboratório o vírus zika pode infectar diretamente e com grande eficácia as hNPCs”, conclui o estudo. “É muito significativo que as células que formam o córtex sejam potencialmente vulneráveis ao vírus”, agrega Ming.

    Continua após a publicidade

    Os resultados, publicados na revista Cell Stem Cell, podem ajudar a identificar medicamentos capazes de proteger essas células vulneráveis ou reduzir as infecções, uma vez que sejam produzidas.

    Publicidade

    Casos – No mês passado, o Brasil reportou 583 casos confirmados de recém-nascidos com microcefalia desde outubro de 2015, quatro vezes mais do que a média anual. Nesta sexta-feira, pesquisadores na Colômbia registraram os primeiros casos de má-formações congênitas vinculados ao zika, segundo o serviço informativo da Nature.

    (Com AFP)

    Publicidade
    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Domine o fato. Confie na fonte.

    10 grandes marcas em uma única assinatura digital

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo
    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 2,00/semana*

    ou
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 39,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.