Espanha registra duas mortes por varíola dos macacos
País contabiliza 4.298 casos de monkeypox; Brasil teve primeira morte anunciada nesta sexta-feira, 29
Duas mortes por monkeypox, mais conhecida como varíola dos macacos, foram registradas na Espanha, país que contabiliza 4.298 casos da zoonose viral. A doença foi considerada uma Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (PHEIC, na sigla em inglês) pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e contabiliza 21.067 casos no mundo.
De acordo com boletim do Ministério da Saúde espanhol divulgado neste sábado, 30, de 3.750 pacientes com dados disponíveis, 120 (3,2%) foram hospitalizados e dois morreram. A maioria dos casos foi registrada em Madri, capital do país (1.656).
A pasta informou ainda que, de 4.145 infectados com informações disponíveis, 4.081 são do sexo masculino e 64 são mulheres. A faixa etária atingida vai de 10 meses a 88 anos, mas a idade média mais afetada é de 37 anos.
Até a última quarta-feira, 27, o mundo tinha registrado cinco mortes pela doença, de acordo com a OMS. Nesta sexta-feira, 29, o Ministério da Saúde confirmou a primeira morte pela doença no Brasil. O paciente, de 41 anos, era do sexo masculino e imunossuprimido. O homem era diagnosticado com um linfoma, o que levou ao agravamento do quadro. Segundo o ministério, o paciente ficou internado em um hospital público em Belo Horizonte (MG), precisou ser transferido para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI), mas não resistiu. A causa da morte foi choque séptico agravado pela monkeypox. O Brasil tem 1.066 casos confirmados da doença.
Monkeypox
Descoberta em 1958, a monkeypox (varíola dos macacos) recebeu este nome por ter sido observada pela primeira vez em primatas utilizados em pesquisa. Ela circula principalmente entre roedores, e humanos podem se infectar com o consumo da carne, contato com animais mortos ou ferimentos causados por eles.
Entre os sintomas, estão: febre, dor de cabeça, dores musculares, dores nas costas, linfonodos inchados, calafrios e exaustão. A erupção cutânea começa geralmente no rosto e, depois, se espalha para outras partes do corpo, principalmente as mãos e os pés. Antes do surto, a doença era considerada endêmica em países da África central e ocidental, como República Democrática do Congo e Nigéria.
Análises preliminares sobre os primeiros casos do surto na Europa e na América do Norte demonstraram que o vírus foi detectado por serviços de cuidados primários ou de saúde sexual e os principais pacientes eram homens que fazem sexo com homens. No entanto, a OMS já alertou que esta não é uma doença que afeta grupos específicos e que qualquer pessoa pode contraí-la se tiver contato próximo com alguém infectado.