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Esgotada e insatisfeita: pesquisa mapeia emoções da mãe brasileira

Levantamento com foco na saúde mental materna aponta ainda sentimentos de tristeza e culpa em meio à sobrecarga em casa

Por Paula Felix Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 7 Maio 2024, 16h17 - Publicado em 19 jan 2024, 08h00
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  • Pouco antes da pandemia de Covid-19, ocorreu o fortalecimento do movimento da maternidade real, que permitiu que as mães falassem abertamente sobre as dificuldades para cuidar de seus bebês, esgotamento, necessidade de rede de apoio e da participação dos pais das crianças nas tarefas. Foi o fim da romantização e do “padecer no paraíso”. Embora seja mais comum ver uma mãe reclamando, é possível que a mudança do cenário de sobrecarga materna ainda não tenha chegado. Ao menos é o que mostra uma pesquisa obtida com exclusividade por VEJA que apontou que a mãe brasileira está esgotada, insatisfeita e acumula mais funções em casa que seus parceiros.

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    O levantamento sobre a saúde mental materna no Brasil foi conduzido pela plataforma De Mãe em Mãe, idealizada pela nutricionista Giliane Belarmino, que também é pesquisadora da faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP).

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    A partir de uma amostra de 872 participantes de todo o país, a pesquisa mostrou que 66% das mães classificam a própria saúde mental como péssima, ruim ou regular e 34% consideram boa ou ótima. No entanto, o índice das que fazem terapia é de 56%.

    O sentimento de sobrecarga com frequência de cinco a todos os dias no mês foi relatado por 97% das entrevistadas, enquanto o de esgotamento foi de 94%. O percentual de mães que se sentem insatisfeitas em algum nível durante o mês foi de 91%, mesmo número relatado quanto perguntadas sobre sentir tristeza. Sobre ter um comportamento explosivo e sentir culpa depois, o índice foi de 75%.

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    “Durante os dois anos do puerpério, a mãe se priva dela e começa a viver no piloto-automático. Ela está em um turbilhão de emoções, muitas vezes não tem suporte de uma rede de apoio nem de escola integral ou do parceiro e ainda se sente culpada”, explica Giliane.

    Segundo o levantamento, apenas 18% das mães não estão trabalhando, mas 78% afirmaram que fazem a maioria das tarefas domésticas ou são as únicas responsáveis por elas. Outras 19% disseram que o trabalho doméstico é dividido meio a meio.

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    O autocuidado da mãe

    A pesquisa também mostrou o que as mães brasileiras entendem por autocuidado e ficou claro que elas nem precisariam sair de casa ou ter grandes gastos para isso.

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    Ler um livro (58,14%), assistir a uma série ou filme (22,82%) e tomar um café ou um chá quentinho (7,11%) lideram o ranking do que elas gostariam de fazer dentro dessa rotina tão necessária para a saúde mental.

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    E o que fazer para mudar esse cenário? O desafio é grande, tendo em vista que nem todas têm a possibilidade de contar com meios para facilitar a maternidade, como escolas integrais, possibilidade de ter horários flexíveis para tempo de qualidade com as crianças, sem contar quem é mãe solo.

    “É preciso dividir as tarefas e responsabilidades. A mãe também precisa estar com autoestima boa e saber dizer não”, aconselha. “A mãe não precisa ser perfeita e maternidade não é ser mártir nem é renegação das coisas”, afirma Giliane.

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