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Embaixada dos EUA emite alerta para viajantes sobre dengue no Brasil

País soma 688.461 casos e 122 mortes pela doença; CDC também fez aviso sobre febre Oropouche por surtos no Amazonas e no Acre

Por Paula Felix Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 18 mar 2024, 10h58 - Publicado em 21 fev 2024, 11h50

A embaixada e os consulados dos Estados Unidos no Brasil publicaram um alerta de saúde aos viajantes sobre os riscos de infecção por dengue e febre Oropouche no Brasil, doenças causadas por mosquitos, nesta terça-feira, 20. O comunicado teve como base avisos de saúde para viagens dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), que incluíram o país em alerta de nível 1 para as condições — a escala vai até o 4 –. O Brasil vive um surto de dengue e já contabiliza 688.461 casos da doença e 122 mortes. Outros 456 óbitos estão em investigação.

De acordo com o nível de alerta apontado pelo CDC, os viajantes devem praticar as precauções mais conhecidas para evitar as picadas de mosquitos, como o Aedes aegypti, que causa não só a dengue, mas zika e chikungunya: usar repelente, vestir roupas que cubram braços e pernas ao ar livre e dormir em quartos com ar-condicionado ou telas mosquiteiras nas janelas.

Para a febre Oropouche, infecção que tem como vetor o mosquito Culicoides paraensis, mais conhecido como borrachudo ou maruim, a recomendação é voltada para viagens nos estados do Amazonas e do Acre, onde surtos estão em atividade. A doença causa febre alta, dores nas articulações e calafrios. Em alguns casos, pode levar à meningite, inflamação das membranas que revestem o cérebro.

Surto de dengue no Brasil

Desde as primeiras semanas do ano, os números da doença causada pelo mosquito Aedes aegypti tem causado preocupação no país e levado estados e municípios brasileiros a implementar medidas como aumento de leitos e tendas para hidratação dos pacientes. Acre, Distrito Federal, Minas Gerais, Goiás e as cidades do Rio de Janeiro e Belo Horizonte declararam situação de emergência por epidemia. Segundo o Ministério da Saúde, o Distrito Federal concentra o maior número de casos por 100 mil habitantes. Lá, um hospital de campanha da Força Aérea Brasileira (FAB) foi montado para fazer o atendimento de pacientes que precisam de hidratação.

Desde 2022, a dengue voltou a crescer no país e, no ano passado, foram registrados 1.658.816 casos e 1.094 mortes. Com a intensificação das notificações já em janeiro deste ano, planos de contingência e até um hospital de campanha passaram a fazem parte das medidas adotadas nos locais mais afetados.

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A doença tem colocado o mundo em alerta por estar se alastrando em novas e antigas regiões com a ajuda das mudanças climáticas, que criam condições propícias para a reprodução e proliferação dos mosquitos. Desde o ano passado, a Organização Mundial da Saúde (OMS) elevou o tom ao se debruçar sobre dados e constatar que, em 2022, as taxas de infecção aumentaram oito vezes em relação ao ano 2000.

Em visita ao Brasil no início do mês, o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, afirmou que “o surto atual faz parte de um grande aumento em escala global da dengue”. Segundo Adhanom, o levantamento da entidade apontou que, no ano passado, foram notificados 5 milhões de casos e 5.000 óbitos relacionados com a infecção em mais de oitenta países.

Vacina contra a dengue

O Distrito Federal e o estado de Goiás foram os primeiros a receber doses da vacina contra a dengue e já iniciaram a imunização. Segundo o ministério, o lote inicial, que conta com 712 mil doses, será encaminhado ainda para Bahia, Acre, Paraíba, Rio Grande do Norte, Mato Grosso do Sul, Amazonas, São Paulo e Maranhão. A distribuição ocorrerá em 315 municípios, o que corresponde a 60% dos 521 municípios selecionados para a realização da campanha.

Com o envio de novas doses, o cronograma vai contemplar as demais faixas etárias até os 14 anos, grupo prioritário escolhido por ser o mais afetado por episódios que levam à internação.

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Em outubro do ano passado, a OMS recomendou a vacinação contra a doença com foco principalmente em crianças e adolescentes de 6 a 16 anos em países endêmicos, caso do Brasil. Por aqui, o imunizante Qdenga, da farmacêutica japonesa Takeda, foi liberado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) meses antes, em março.

O Ministério da Saúde seguiu a recomendação da entidade e vai ofertar o imunizante para essa faixa etária. Com a medida, o Brasil se tornou o primeiro país a incluir a vacina no sistema público de saúde.

O país recebeu cerca de 750.000 doses, parte da primeira remessa com 1,32 milhão de doses adquiridas pelo governo brasileiro. Também está prevista a entrega de 568.000 doses ainda neste mês. Neste ano, está prevista a chegada escalonada de mais 5,2 milhões de doses. Para 2025, foram adquiridas 9 milhões de doses.

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