Duas meninas que passaram mal após vacina contra HPV têm alta
Outra adolescente hospitalizada depois de ser vacinada em escola estadual de Bertioga continua internada
![Vírus HPV: vacina protege, em até 98,8%, contra quatro subtipos do HPV](https://veja.abril.com.br/wp-content/uploads/2016/05/human-papilloma-virus-hpv-20120913-original1.jpeg?quality=90&strip=info&w=1040&h=585&crop=1)
Duas adolescentes de 12 anos com sintomas de provável reação à segunda dose da vacina contra o HPV, aplicada na última quinta-feira em uma escola estadual de Bertioga, tiveram alta na noite desta quarta-feira. Elas estavam internadas desde o fim de semana no Hospital Guilherme Álvaro, em Santos. A terceira estudante, de 13 anos, que apresentou sintomas mais acentuados, como dificuldades de locomoção, continua hospitalizada para observação.
Desde segunda-feira, Luana e Mariana, as duas estudantes que tiveram alta, apresentavam quadro estável, mas permaneceram no hospital para uma bateria de exames, cujos resultados foram liberados nesta quarta-feira. Como não apresentavam mais queixas, foram liberadas. Já a menina de 13 anos, que queixava-se de dores no corpo e dizia não sentir as pernas, ainda vai passar por uma série de exames, embora as dores tenham diminuído. Testes neurológicos já descartaram o diagnóstico de paralisia.
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As três jovens integram um grupo de onze meninas que, logo após a aplicação da vacina, apresentaram mal-estar, o que as levou até o Pronto-Socorro de Bertioga. Oito garotas foram liberadas, mas as três foram encaminhadas primeiramente para o Hospital Santo Amaro, em Guarujá e, depois, para o Guilherme Álvaro, em Santos, que é uma unidade estadual considerada de referência para a região.
Logo após tomar conhecimento do caso, a diretora de Imunização da Secretaria Estadual de Saúde, Helena Sato, foi a Santos para acompanhar o quadro das três estudantes. Ela descartou problemas no lote de vacinas e problemas na aplicação ou armazenamento.
Na terça-feira, o secretário de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa, disse que a explicação mais provável para a reação apresentada pelas estudantes é a Síndrome Stress Pós-Vacinal. O Ministério da Saúde afirmou que não vai suspender a campanha de vacinação contra o HPV.
(Com Estadão Conteúdo)