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Droga para osteoporose freia perda de cartilagem

Um remédio que está há mais de dez anos no mercado pode ser uma opção para pessoas com osteoartrite, doença crônica que afeta a cartilagem e o tecido das articulações

Por Da Redação
19 jun 2012, 08h26
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  • Um remédio para osteoporose que está há mais de dez anos no mercado pode ser uma opção para pessoas com osteoartrite, doença crônica que afeta a cartilagem e o tecido das articulações. Pesquisa apresentada no Congresso Europeu de Osteoporose e Osteoartrite, que acontece na França até este domingo, mostrou que aqueles que tomaram ranelato de estrôncio apresentaram redução de 27% na perda da cartilagem – o equivalente a um ano de perda do tecido.

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    O estudo, liderado pelo professor Cyrus Cooper, das Universidades de Oxford e South, foi feito com 1.371 pacientes com idades entre 62 e 72 anos – 69% eram mulheres e 31%, homens. Nos pacientes que receberam doses diárias de 2 mg, a perda de cartilagem foi reduzida em relação aos que tomaram placebo.

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    Essa diferença foi avaliada por meio de radiografias. Os pacientes foram acompanhados por três anos, em 98 centros médicos de 18 países. “Foi demonstrado que, com o passar do tempo, havia perda de altura da cartilagem no grupo placebo e perda muito menor no grupo que tomou a droga. Houve diferença estatisticamente significativa da diminuição do espaço articular”, afirma Márcio Passini, presidente do Comitê Doenças Osteometabólicas da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (Sbot) e professor da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.

    Passini explica que já era sabido que o ranelato de estrôncio agia sobre o osteoblasto, célula que estimula a formação óssea – daí seu uso no contra a osteoporose. O estudo mostrou que ele age também no condrócito, célula que produz a cartilagem. “Descobriu-se que pessoas que tomavam ranelato de estrôncio tinham menos lombalgia. Supunha-se que era pelo fato de estarem sendo tratadas da osteoporose, o que evitava as microfraturas. Estudo posterior mostrou que os sinais de osteoartrite na coluna haviam melhorado. E aí surgiu o estudo para o uso do ranelato no tratamento também da osteoartrite”, explica. “Essa foi uma das surpresas do congresso. Houve bastante discussão em relação a isso.”

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    A osteoartrite é relacionada à idade: atinge 60% da população com mais de 50 anos. “A doença atinge com frequência joelhos, e a dor acaba incapacitando. O paciente tem problemas de locomoção, não pode subir e descer escada”, explica Passini. Em muitos casos é necessária prótese para substituir a articulação. “É uma belíssima esperança de solução para dois problemas com uma só medicação.” O ranelato de estrôncio é vendido no Brasil, mas não é fornecido pelo SUS.

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    Clique nas perguntas abaixo para saber mais sobre osteoporose:

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    Dr. Marcelo de Medeiros Pinheiro chefe do ambulatório de osteoporose da Unifesp e reumatologista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz Vídeo Vídeo Vídeo Vídeo Vídeo Vídeo Vídeo Vídeo Vídeo Vídeo

    O que acontece em nosso corpo quando temos osteoporose?

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    Quais são as causas da doença?

    Quais são os sintomas e como identificá-los?

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    Como diferenciar os sintomas de osteoporose daqueles do reumatismo?

    Osteoporose só atinge pessoas idosas ou pode afetar jovens também? Por quê?

    Por que ela atinge mais mulheres do que homens?

    A tendência a ter osteoporose pode mudar conforme a cor da pele?

    Remédios também podem ser uma das causas da osteoporose?

    Quais doenças estão associadas à osteoporose?

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    Qual o melhor tratamento?

    Os tratamentos têm efeitos colaterais?

    Qual a importância do cálcio na prevenção da osteoporose?

    Quem tem cálculo renal pode consumir cálcio?

    Existe alguma outra prevenção além da ingestão de cálcio na dieta?

    É recomendável se tomar complementos alimentares ou cápsulas à base de cálcio?

    Que tipo de exercício físico é melhor: de baixa ou alta intensidade?

    Existe cura?

    *O conteúdo destes vídeos é um serviço de informação e não pode substituir uma consulta médica. Em caso de problemas de saúde, procure um médico.

    (com Agência Estado)

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