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Diretor da OMS implora para que Israel desista de ordem para evacuar Gaza

Tedros Ghebreyesus informou que civis não têm local seguro para ir; entidade afirma que 'evacuação em massa seria desastrosa'

Por Paula Felix Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 13 out 2023, 16h59

O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS) , Tedros Adhanom Ghebreyesus, usou as redes sociais para implorar que Israel volte atrás e desista da ordem para que uma população de 1,1 milhão de pessoas ao norte da Faixa de Gaza tenha de se deslocar para o sul do território em 24 horas, prazo estabelecido nesta sexta-feira, 13, por militares israelenses que se preparam para uma invasão terrestre.

“A OMS implora pela reversão imediata da ordem de evacuação de Gaza para proteger a saúde e reduzir o sofrimento das pessoas. Por causa dos contínuos ataques aéreos e às fronteiras fechadas, os civis não têm um local seguro para ir. Nós apelamos pela criação urgente de um corredor humanitário para a entrega segura de ajuda”, publicou Ghebreyesus no X (antigo Twitter),

Ele compartilhou uma longa nota da OMS onde a entidade afirma que “uma evacuação em massa seria desastrosa” para os pacientes, profissionais de saúde e civis que podem ser capturados durante a fuga ou, simplesmente, deixados para trás.

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A entidade está em contato com o Ministério da Saúde palestino, que afirmou que é impossível fazer a retirada de pacientes gravemente feridos ou que dependem de equipamentos para suporte à vida com a garantia de que suas vidas não serão colocadas em risco.

Dois hospitais na região norte de Gaza estão em estado de “grave superlotação” e cuidam de pacientes com lesões e ferimentos, mas há milhares de pessoas com feridas e problemas de saúde sem acesso aos cuidados hospitalares. Estes também seriam afetados pela movimentação em caráter de urgência.

“O prazo apertado, a logística de transporte complexa, as estradas danificadas e, acima de tudo, a falta de cuidados de apoio durante o transporte, contribuem para a dificuldade de deslocá-los.”

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Outro problema é a falta de capacidade e de materiais para receber novos pacientes nos quatro hospitais do ministério localizados ao sul do território.

A OMS afirmou que produtos médicos em escassez foram adquiridos de forma emergencial por meio de seu Centro Global de Logística Médica em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, e a carga está pronta para ser entregue em Areesh, no Egito, a uma distância de 20 minutos da passagem de Rafah, que liga o país ao território. A entidade aguarda autorização para desembarque e disse que os suprimentos serão suficientes para o atendimento de 300 mil pacientes feridos ou que estejam doentes.

Apelo da OMS

Na última terça-feira, 10, a entidade já tinha publicado um apelo para que a entrega de suprimentos de saúde fosse facilitada e os itens chegassem às vítimas da guerra em curso após o ataque surpresa do grupo terrorista Hamas a Israel, conflito iniciado no último sábado, 7.

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Segundo a OMS, Ghebreyesus teve uma reunião na última segunda-feira, 9, com Abdel Fattah El-Sisi, presidente do Egito, para que a entrega de suprimentos de saúde e demais itens humanitários fossem entregues à população de Gaza por meio de Rafah, um dos alvos do conflito. A solicitação foi concedida durante o encontro.

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