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‘Decreto vai fazer com que população ouça falar em emergência por dengue’

Regiane de Paula, integrante da Coordenadoria de Controle de Doenças, fala a VEJA sobre epidemia da doença em São Paulo

Por Paula Felix Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 8 Maio 2024, 12h39 - Publicado em 5 mar 2024, 13h05
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  • Regiane de Paula, coordenadora em saúde da Coordenadoria de Controle de Doenças (CCD)
    Regiane de Paula, coordenadora em saúde da Coordenadoria de Controle de Doenças (CCD) (Secretaria de Estado da Saúde - 9/3/2022/Divulgação)

    Na manhã desta terça-feira, 5, o estado de São Paulo decretou estado de emergência por epidemia de dengue após a taxa de infecções atingir 300 casos por 100 mil habitantes, índice que embasa a decisão com base em parâmetros da Organização Mundial da Saúde (OMS).

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    De acordo com o painel de monitoramento da gestão estadual para arboviroses, com dados até 4 de março, São Paulo soma 355.518 casos, entre confirmados e prováveis, e investiga 79.000 episódios. Foram registrados 31 óbitos e 122 mortes estão em investigação. A reportagem de VEJA conversou com Regiane de Paula, coordenadora em saúde da Coordenadoria de Controle de Doenças (CCD) do estado sobre o decreto, a situação da dengue em São Paulo e a vacinação em curso.  Leia os principais trechos.

    – São Paulo conta com o Centro de Operações de Emergências (COE) para dengue desde o mês passado e paira uma avaliação de que o estado poderia ter decretado o estado de emergência antes. Como a senhora avalia isso?
    A gente vem monitorando os episódios de dengue desde 2023. No ano passado, tivemos casos de chikungunya no estado e também o El Niño, que leva a temperaturas mais altas, o que impacta na proliferação dos mosquitos. Desde 6 de fevereiro, com a implementação do COE, estávamos vendo em tempo real a situação da doença e, com esse monitoramento, trabalhando junto a 645 municípios. Com base nesses dados, este era o momento para decretar.

    O decreto de emergência pode resultar em um aumento do repasse de vacinas contra a dengue para São Paulo?
    Hoje, a gente não vislumbra mais vacinas junto ao Ministério da Saúde até porque não tem mais vacinas por questões de produção da farmacêutica que já conhecemos. O estado de São Paulo recebeu 79 mil doses para a população de 10 a 11 anos e terá a imunização de crianças e adolescentes de 10 a 14 anos em 11 municípios da região do Alto Tietê.  O cenário que o ministério olhou para distribuição foi incidência em outros anos. O decreto é para todo o estado.

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    Quais devem ser os impactos do decreto para a população?
    Já tivemos um repasse de R$ 205 milhões para os 645 municípios com a criação do COE e vamos continuar com essas ações. O decreto vai fazer com que as pessoas ouçam falar em uma emergência em saúde pública que leva a um movimento que a gente tem de fazer todos os dias, toda semana. Não só falar de dengue em momentos como esse. São 10 minutos por dia para evitar a proliferação do mosquito. Como diz a nossa campanha, a água mais mortal pode estar no seu quintal. O Aedes não tem fronteira e é importante sensibilizar a população.

    O decreto prevê priorização de atendimento para pacientes com suspeita de dengue, inclusive para transferência. Por que o manejo dos pacientes tem sido tão citado ao longo dessa campanha?
    O manejo clínico é muito importante e não necessariamente está ligado à atenção especializada, ele está ligado à unidade primária, porque o paciente precisa de atendimento e hidratação. A nossa orientação é: se tiver sintomas, não se automedique. Procure uma unidade de saúde.

    O estado prevê a implantação de tendas para hidratação dos pacientes?
    Não, mas cada município, dentro do seu decreto de emergência, pode determinar a criação desses equipamentos.

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