Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Crise leva OMS a demitir mais de 10% dos funcionários em Genebra

Para o biênio 2012-2013 a organização conta com um orçamento de 3,959 bilhões de dólares, frente aos 4,5 bilhões de dólares relativos a 2010-2011

Por Da Redação
1 nov 2011, 14h45

A Organização Mundial da Saúde (OMS) enfrenta uma profunda reforma para tentar ser mais eficaz em tempos de crise, sendo obrigada a demitir 300 de seus 2.400 funcionários da sede em Genebra antes do fim de 2011. O impulso definitivo para essa reforma vai ocorrer durante a reunião especial que o Conselho Executivo da organização – integrado por 34 especialistas, escolhidos pela Assembleia Mundial da Saúde -, realiza nesta terça-feira.

O Conselho se reúne ao menos duas vezes ao ano, geralmente com um encontro principal em janeiro e um segundo, mais breve, em maio, imediatamente depois da Assembleia da Saúde. Porém, a urgência da reforma fez os integrantes do conselho convocar uma reunião especial. Aproximadamente 25% do orçamento da agência da ONU provém dos estados-membros e os outros 75% são contribuições voluntárias. Por conta da crise financeira, ambos os lados enfrentam dificuldades para atingir as metas propostas.

O orçamento aprovado para o biênio 2012-2013 é de 3,959 bilhões de dólares, frente aos 4,5 bilhões de dólares relativos ao período 2010-2011. A apreciação do franco-suíço frente à moeda americana também foi um fator que forçou esta reestruturação.

Reformas – A diretora geral da OMS, a médica chinesa Margaret Chan, abriu a reunião do Conselho Executivo com um discurso preocupado, que exaltava a necessidade de se “criar uma forma concreta de garantir o futuro da OMS, além da capacidade de melhorar a saúde e reduzir o sofrimento existente neste mundo complexo e interdependente”. Margaret afirmou que agora é uma responsabilidade dos estados-membros adotarem as decisões elaboradas na OMS, pedindo que este processo seja desenvolvido com cuidado para não comprometer a posição soberana da organização.

“A OMS merece respeito. Nosso nome tem influência. Os principais especialistas, cientistas, médicos e sanitários do mundo nos concedem seu tempo e seu conhecimento com orgulho”, declarou a diretora geral da organização. Além disso, Margaret ressaltou o papel crucial que a OMS possui nas campanhas sanitárias de prevenção – “o coração da saúde pública” – e na luta pela igualdade, “que é sua alma”.

Continua após a publicidade

Para preservar a trajetória da organização, Margaret considerou necessária uma reforma da instituição, principalmente nesse momento de diferenças tão gritantes, dentro dos países e entre os países. As desigualdades em esperança de vida, em acesso à saúde e a saúde são maiores que nunca. “Temos de fazer nosso trabalho com os olhos e a mente aberta para essa nova era de austeridade financeira (…). Este é um mundo marcado por uma crise global atrás da outra, onde a saúde de milhões de pessoas está pendurada por um fio”, argumentou Margaret.

A diretora-geral ainda declarou que neste momento a principal obrigação da OMS é “demonstrar fome de eficiência e intolerância ao desperdício”, afirmando que muitas das reformas propostas são motivadas por este desejo de eficiência e de resultados, especialmente no âmbito nacional. “Temos que ser uma organização mais integrada, eficaz, eficiente, transparente e que preste contas a população”, afirmou a responsável pela OMS.

(Com agência EFE)

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.