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Crescimento das crianças nordestinas iguala-se ao do Sudeste

População da região Norte é a que registra maior déficit de altura

Por Lucila Soares e Cecília Ritto
27 ago 2010, 10h13

A excelente notícia da pesquisa do IBGE está na região Nordeste, onde o crescimento das crianças praticamente equiparou-se ao da região Sudeste, rompendo uma tradição secular de desigualdade. Entre 1974 e 2009, o percentual de crianças nordestinas entre 5 e 9 anos de idade com déficit de altura despencou de 44,4% (meninos) e 40% (meninas) para 7,9% e 6,9%, respectivamente. No Sudeste, a proporção de crianças abaixo da altura esperada para a idade é de 6,2% (meninos) e 5,3% (meninas).

São números que não deixam margem para dúvidas. A região que foi historicamente sinônimo de fome e miséria mudou. Nos últimos dez anos, a economia do Nordeste cresceu duas vezes mais rápido que a brasileira, e triplicou de tamanho. Entre os brasileiros que saíram da pobreza desde 2002, os nordestinos representam quase a metade – 48%. Os indicadores sociais acompanharam essas mudanças, mas nenhum deles é tão eloquente quanto a mudança do padrão físico da população.

Evidentemente as políticas assistenciais do governo Lula, particularmente o Bolsa Família, que tem na região sua maior clientela, contribui para a melhoria dos indicadores. Mas a mudança constatada agora é resultado de mudanças estruturais de mais longo prazo. Elas são influenciadas pela urbanização, pela melhoria (embora ainda insatisfatória) das condições de saneamento, do aumento da escolaridade, conquistas que vêm se acumulando desde o início da segunda metade do século XX.

A chaga da desigualdade acentuada continua na região Norte, onde o percentual de crianças com déficit de altura é o dobro do registrado no Sudeste, e quase o triplo do que existe o Sul do país. Ainda assim, a redução é muito expressiva, caindo de um patamar próximo a 40% para pouco mais de 10%. Em todo o Brasil, o desenvolvimento das crianças nascidas em áreas rurais também aproximou-se do registrado nas cidades.

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