Covid-19: fábrica da vacina de Oxford na China é aprovada pela Anvisa
A etapa é fundamental para autorização do imunizante no Brasil
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) concedeu nesta quarta-feira, 23, o chamado Certificado de Boas Práticas de Fabricação às instalações fabris utilizadas pela farmacêutica AstraZeneca, na China, para etapas de preparação da vacina desenvolvida em parceria com a Universidade de Oxford — e prometida ao Brasil.
Em nota, a Anvisa afirmou que “a etapa finalizada é um dos pré-requisitos para a continuidade do processo de registro e faz parte dos esforços contínuos da Agência para a disponibilização de vacinas para a população com qualidade, segurança e eficácia, no menor tempo possível”.
Houve a necessidade de entrega de informações complementares pela empresa WuXi Biologics Co., responsável pelo desenvolvimento da matéria-prima do imunizante. O documento saiu dez dias antes do prazo total previsto pela agência.
Brasil
A vacina é a principal aposta do governo federal para uma campanha de vacinação em 2020. De acordo com a AstraZeneca, o plano é iniciar a distribuição da vacina no Brasil ainda em fevereiro do ano que vem. A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) ficará responsável pela preparação de 100,4 milhões de doses até o final de julho. A ideia é que a imunização se dê em duas doses, o que promoveria eficácia de 62%. Até o início desta semana, porém, não existiam reuniões marcadas com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para a submissão dos documentos.
O consórcio AstraZeneca/Oxford já entregou uma série de documentos à agência, incluindo partes do estudo de fase 3 — a última etapa de testes. No Brasil, 10.000 voluntários participaram do estudo, sem efeitos graves.