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Como o próximo presidente pode melhorar a saúde brasileira

Especialistas apontam seis medidas necessárias para dar um salto de qualidade no setor, considerado o pior problema do país pela população

Por Marcella Centofanti
27 set 2014, 10h11

O próximo presidente terá o desafio de melhorar o que a população considera o problema número 1 do Brasil: a má qualidade do serviço de saúde. De acordo com uma pesquisa feita pelo instituto Datafolha a pedido do Conselho Federal de Medicina (CFM), divulgada em agosto, 93% dos eleitores consideram o serviço, público e privado, péssimo, ruim ou regular. Entre os usuários do Sistema Único de Saúde (SUS), a taxa de insatisfação é de 87%.

Não será tarefa fácil alcançar os objetivos previstos na Constituição – oferecer um serviço de saúde universal, igualitário e integral à população. De acordo com dados do Ministério da Saúde, 75% dos 200 milhões de brasileiros dependem exclusivamente do SUS. Os outros 25%, clientes de planos de saúde, recorrem ao sistema público em algum momento da vida, como para obter vacinas, atendimento de emergência e acesso a procedimentos de alta complexidade não cobertos pelo plano.

Desde que foi criado, em 1988, o SUS trouxe inegáveis avanços à saúde do país. Entre seus pontos fortes estão os programas de imunização, transplantes de órgãos e controle de HIV/aids. Ainda há, no entanto, um longo caminho a ser percorrido para o sistema prestar um serviço de qualidade. Faltam planejamento, recursos, critérios e maior dedicação à atenção básica. Sobram desorganização e politicagem.

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Futuro – O cenário para um futuro próximo não é animador – se continuar como está, a qualidade do serviço vai piorar. Enquanto o Brasil ainda não conseguiu erradicar doenças de países pobres, como dengue, encara enfermidades típicas da modernidade, a exemplo de hipertensão, diabetes, depressão e Alzheimer. Doenças crônicas tendem a aumentar, na medida em que os brasileiros engordam (50,8% estão acima do peso, segundo o Ministério da Saúde) e envelhecem (até 2050, a população idosa vai mais que triplicar, de acordo com o IBGE).

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Prestar um bom serviço nos moldes estabelecidos pela lei brasileira é uma meta “praticamente impossível de alcançar”, segundo com Bernard Couttolenc, consultor em economia da saúde do Banco Mundial e coautor do estudo 20 anos de Construção do Sistema Público de Saúde no Brasil. “Nenhum país oferece tudo de graça para todos.” Mas é possível melhorar o que é ofertado hoje.

Ao site de VEJA, Couttolenc e outros especialistas apontaram o que deveria ser feito para a saúde brasileira dar um salto de qualidade. Os temas foram confrontados com as propostas do programa de governo de três candidatos à presidência: Dilma Rousseff, Marina Silva e Aécio Neves. Do trio, apenas Marina Silva apresentou um programa completo. A uma semana da eleição, a petista e o tucano possuem apenas minutas do plano de governo, nas quais a reportagem se baseou.

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