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Como – e por quê – cuidar da aparência durante a quarentena

Pequenos rituais de cuidado com a pele, com os cabelos, e até com a escolha das roupas, podem ajudar a encarar o confinamento com mais leveza

Por Maria Clara Vieira
Atualizado em 9 abr 2020, 09h41 - Publicado em 8 abr 2020, 21h02

Além dos cuidados com a rotina de alimentação e exercícios, tirar o pijama antes de começar a trabalhar é uma das recomendações unânimes dadas por profissionais de saúde a quem está confinado em casa por conta da pandemia do novo coronavírus e se esmera para enfrentar a crise sem descuidar do corpo e da mente. Diante de tantas turbulências e privações, o hábito de vestir-se todos os dias parece insignificante; mas é, sim, um poderoso aliado na luta contra a ansiedade – e não precisa parar por aí. Aliados à escolha das roupas, pequenos rituais de cuidado com a pele e com os cabelos podem ser muito bem-vindos. “Em tempos incerteza, quando as pessoas estão mais tristes e sozinhas, a beleza pode ser uma ferramenta de consolo. É importante que se coloque meios concretos para que os sentidos tenham uma boa experiência”, defende a médica e consultora de imagem Paula Serman.

A opção por peças confortáveis e em bom estado, por exemplo, é uma boa pedida tanto para quem tem dedicado o tempo livre ao estudo como para quem anda ajudando os filhos com as tarefas. “Estar bem vestido tem uma função social e psicológica, faz parte dos marcos do nosso dia. Mais do que evitar roupas furadas ou gastas, é importante que a pessoa goste do que vê”, explica Paula, que sugere a inserção de cores alegres como forma de dar mais vida à composição. Para as reuniões virtuais, a atenção deve ser redobrada. “Vale lembrar que, apesar de estarmos separados pelo computador, a postura com a empresa deve ser a mesma. Portanto, nada de decotes, acessórios barulhentos ou com muito brilho”, diz a consultora de imagem pessoal e corporativa Tatiana Taurisano, que defende brincos pequenos e maquiagem leve, para quem desejar.

Depois do expediente, hidratantes corporais e esfoliantes caseiros (há receitas à base de mel e açúcar, por exemplo) ajudam a relaxar e cuidar da pele ao mesmo tempo. Mas, atenção: não é tempo de iniciar novos tratamentos ou experimentar produtos muito diferentes. “Se houver alguma inflamação ou queimadura, o atendimento será mais complicado”, alerta a dermatologista Juliana Piquet. Mesmo que a exposição ao sol (bastante benéfica antes das 9 e depois das 17 horas) esteja reduzida, ninguém está livre do protetor solar – especialmente quem passa muito tempo diante do computador, que também é fonte de luz. “Para quem tem melasma, é obrigatório”, defende a especialista. Rotinas de limpeza de pele devem ser mantidas devido ao suor e ao maior contato com a cozinha. Quem dispensa cosméticos durante o dia, entretanto, pode dar férias ao demaquilante.

Na falta dos salões de beleza, cuidar dos cabelos em casa pode ser um desafio à parte. É possível, entretanto, equilibrar a manutenção dos cuidados de higiene com um período de “detox”. “Se há a oportunidade de manter o babyliss e a chapinha de lado por algum tempo, vale a pena deixar o cabelo descansar. Reduzir a frequência nas lavagens e investir na hidratação caseira também pode melhorar a saúde dos fios”, diz o cabeleireiro Fernando Torquatto. A falta de corte e coloração também podem ser driblados com a ajuda de bastões e sprays de tintura temporária (para quem não tem coragem de retocar a raiz em casa) e algum cuidado com a tesoura. “Se as pontinhas estiverem muito estragadas, sugiram que sejam aparadas delicadamente, com os cabelos segurados de lado como se fosse um rabo de cavalo”, explica Torquatto. O processo deve ser repetido dos dois lados e, depois, com as madeixas penteadas para frente – com a tesoura na vertical.

Para estes e vários outros procedimentos – depilação, unhas, escolha de acessórios, etc – a sugestão é equilibrar criatividade e bom senso, sempre a depender do gosto e das habilidades do freguês. O importante é lembrar que saúde e autoestima andam de mãos dadas – e são inimigas do desleixo e do exagero. “Tem blogueira inventando look para home office que ninguém dá conta de reproduzir. Tudo o que a gente não quer nessa quarentena é sustentar um salto, um mix de pulseiras e um jeans apertado”, diz Tatiana, que completa: “o limite do cuidado é lembrar o porquê de estarmos confinados, para focar nossas energias no que pode ajudar de verdade”.

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