Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Comissão vai questionar a Anvisa sobre proibição de emagrecedores

Deputados querem esclarecimentos da agência antes de colocar em votação uma lei que impede o órgão de proibir qualquer anorexígeno

Por Vivian Carrer Elias
10 out 2012, 19h34
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Uma comissão da Câmara dos Deputados vai questionar a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) sobre os motivos e os impactos da decisão do órgão que, há um ano, proibiu a venda dos inibidores de apetite derivados de anfetamina (femproporex, anfepramona e mazindol). O grupo tomou essa atitude após a realização, nesta terça-feira, de uma audiência pública na Câmara que reuniu representantes de entidades médicas e da própria Anvisa para um debate em torno do assunto.

    Publicidade

    A reunião foi solicitada pela Comissão de Seguridade Social, que está analisando um projeto de lei que impede o órgão de proibir qualquer anorexígeno. De acordo com o presidente dessa comissão, o deputado Luiz Henrique Mandetta (DEM-MS), que é médico ortopedista pediátrico, o questionamento foi enviado à Anvisa nesta quarta-feira e, a partir da resposta do órgão, a comissão deverá votar no projeto de lei, cuja autoria é do depurado federal Felipe Bornier (PSD-RJ). Espera-se que a Anvisa se posicione em até 30 dias.

    Publicidade

    “Queremos saber, por exemplo, se o uso de medicamentos alternativos para emagrecer aumentou, se foram apreendidos remédios emagrecedores que entraram de forma ilegal no país ou se há pedidos na Anvisa de autorização de novas drogas. O principal ponto é entender se essa proibição preservou a saúde das pessoas ou desencadeou outros tipos de problemas”, disse Mandetta ao site de VEJA. Segundo o deputado, esses questões não foram esclarecidas pelo médico Francisco Paumgartten, representante da Anvisa na audiência pública e membro da Câmara Técnica de Medicamentos (CTM), órgão consultor da agência.

    Leia também:

    Publicidade

    Um ano após proibição dos emagrecedores, pacientes continuam sem alternativas para perder peso

    Continua após a publicidade

    Discussão sobre emagrecedores derivados de anfetamina está encerrada’, afirma diretor da Anvisa

    Publicidade

    Discussão – Para Paulo Giorelli, chefe do Departamento de Obesidade da Associação Brasileira de Nutrologia (Abran) e um dos médicos que compareceu à audiência, os impactos da decisão da Anvisa vão além do uso de medicamentos off-label. “Na reunião, os médicos falaram sobre os impactos da proibição da venda dos medicamentos sobre a saúde pública. Muitos pacientes que sofriam com obesidade conseguiam controlar uma séria de doenças com o uso dos emagrecedores, como hipertensão e colesterol alto. A decisão da Anvisa fez com que muitos deles voltassem a apresentar esses problemas”, afirmou Giorelli ao site de VEJA.

    Além disso, Giorelli apresentou, na audiência, um levantamento da Abran indicando que a incidência de obesos na população brasileira aumentou de 2,4% para 4% desde a proibição dos emagrecedores. Esses dados foram baseados em questionários preenchidos pelos médicos da associação ao longo do ano. O representante da Anvisa, porém, afirmou que os medicamentos vetados não se mostraram eficazes em reduzir as doenças associadas à obesidade e ainda surtem efeitos negativos, risco de pressão alta e ataque cardíaco.

    Publicidade

    Audiência – De acordo com Giorelli, estiveram presentes na audiência, além de representantes da Abran e da Anvisa, membros da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (Abeso), da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), do Conselho Federal de Medicina (CFM) e do Conselho Federal de Farmácia (CFF).

    Publicidade
    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Domine o fato. Confie na fonte.

    10 grandes marcas em uma única assinatura digital

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo
    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 2,00/semana*

    ou
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 39,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.