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Cientistas investigam via para retardar esclerose lateral amiotrófica

Grupo descobriu que proteínas envolvidas no sistema imunológico inato podem estar na origem da doença

Por Diego Alejandro
8 Maio 2023, 18h01
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  • Mutação genética é a causa mais comum de formas familiares de demência frontotemporal e da esclerose lateral amiotrófica
    ELA: A doença se caracteriza pela degeneração progressiva de neurônios motores localizados no cérebro e na medula espinhal (Jesper Klausen/Hemera/Getty Images/VEJA/VEJA)

    Pesquisadores do Children’s Hospital Boston e da Harvard Medical School, nos Estados Unidos, estavam procurando novas maneiras de conter a disfunção neuronal e tratar a esclerose lateral amiotrófica (ELA), uma doença mortal do neurônio motor, quando descobriram que algumas proteínas envolvidas no sistema imunológico inato podem estar na origem da doença, conforme publicado na revista Neuron.

    A doença se caracteriza pela degeneração progressiva de neurônios motores localizados no cérebro e na medula espinhal. A condição ficou mundialmente conhecida por meio do físico britânico Stephen Hawking. Diagnosticado aos 21 anos, ele enfrentou a degeneração progressiva e passou décadas em uma cadeira de rodas e utilizando um respirador artificial. Hawking morreu aos 76 anos em março de 2018.

    “Revelamos uma molécula imune que desempenha um papel na neurodegeneração, abrindo um novo caminho para pensar sobre a saúde neural”, explica Isaac Chiu, professor associado de imunologia na Harvard Medical School e co-investigador principal do projeto.

    Quando as células reconhecem um perigo, como uma infecção, moléculas são ativadas para soar um alarme, recrutando e ativando células imunes no local do dano para tentar eliminá-lo e orquestrar o reparo do tecido.

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    Às vezes, a resposta imune envolve uma família de proteínas chamadas gasderminas, que provocam a morte das células por meio de um processo altamente inflamatório chamado piroptose. Um de seus tipos, a gasdermina E, é mais expressa no cérebro nas células nervosas. Os pesquisadores descobriram que a inibição da gasdermina E evita danos celulares em neurônios humanos e retarda a progressão da ELA em camundongos.

    “A necessidade não atendida de terapias para doenças neurodegenerativas é enorme, e nosso trabalho abre toda uma nova patologia que poderíamos abordar”, afirma Judy Lieberman, investigadora do Programa de Medicina Celular e Molecular Infantil de Boston e co-investigadora principal do projeto.

    Embora algumas drogas possam bloquear os efeitos de outros tipos de gasderminas, ainda não está claro se a gasdermina E pode ser um alvo. Mas este trabalho é um primeiro passo importante para o desenvolvimento de novas abordagens para o tratamento de ELA. “Descrevemos um caminho e moléculas que você pode direcionar para o tratamento de muitas doenças neurodegenerativas”, conclui Lieberman.

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