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Cientistas identificam modificações genéticas relacionadas ao envelhecimento do cérebro

A região estudada pela equipe, o hipocampo, está diretamente relacionada com o aparecimento do Alzheimer

Por Da Redação
17 abr 2012, 21h06
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  • A atrofia do hipocampo, sede da memória no cérebro, é considerada um marcador biológico para o Alzheimer. O encolhimento dessa região costuma acontecer com o envelhecimento, é acelerado pela presença do Alzheimer e costuma ser causado pelo efeito cumulativo de vários fatores. Uma pesquisa publicada no periódico Nature Genetics conseguiu mapear modificações genéticas ligadas ao encolhimento dessa área cerebral.

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    Título original: Common variants at 12q14 and 12q24 are associated with hippocampal volume

    Onde foi divulgada: revista Nature Genetics

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    Quem fez: Christophe Tzourio e equipe

    Instituição: Institut national de la santé et de la recherche médicale

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    Dados de amostragem: Mais de 9.000 voluntários com idades entre 56 e 84 anos

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    Resultado: Algumas alterações genéticas nos cromossomos 12, 2 e 9 estão relacionadas com o encolhimento do hipocampo. A perda de volume dessa área do cérebro está diretamente relacionada com o envelhecimento e com o Alzheimer.

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    Coordenado por Christophe Tzourio, o estudo reuniu o genoma e dados de ressonância magnética de mais de 9.000 voluntários com idades entre 56 e 84 anos. O objetivo era detectar relações entre certas mutações e a redução do volume do hipocampo. Os dados dos participantes (pessoas saudáveis ou com demência) foram retirados de oito estudos feitos na América do Norte e na Europa.

    Os pesquisadores selecionaram 46 diferenças na sequência de DNA dos participantes – diferenças que, acredita-se, estão relacionadas a uma redução no volume do hipocampo. Dezoito mutações localizadas em áreas diferentes do cromossomo 12 foram fortemente relacionadas ao encolhimento da região. As outras relações incluíam uma mutação no cromossomo 2 e uma no cromossomo 9. Os resultados do estudo indicaram que “fatores ainda não identificados” aceleram a mutação em áreas precisas do genoma, causando a redução do volume do hipocampo.

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    Uma vez identificada a mutação, a equipe tentou encontrar o que exatamente cada uma delas havia modificado. Descobriu-se, então, que elas haviam mudado a estrutura dos genes importantes para inúmeras funções, como morte celular (apoptose), desenvolvimento embrionário, diabetes e migração neuronal.

    “Esse estudo representa um marco, já que ele confirma o fato de que fatores genéticos estão relacionados com a estrutura do cérebro, com o hipocampo, e ainda com a demência e com o envelhecimento do cérebro”, diz Christophe Tzourio. A nova abordagem de estudo adotada, que pesquisa uma área alvo do cérebro, e não a doença em si, poderá ajudar os cientistas a descobrir com mais precisão os mecanismos do Alzheimer.

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    O próximo passo na pesquisa será compreender melhor como essas mutações genéticas estão envolvidas no funcionamento global do Alzheimer. Embora as aplicações clínicas da descoberta não possam ser usadas em um futuro imediato, a descoberta acrescenta informações na direção de uma compreensão mais apurada do Alzheimer e do envelhecimento geral do cérebro.

    Clique nas perguntas abaixo para saber mais sobre o Alzheimer:

    David Schlesinger, pesquisador no Instituto do Cérebro do Hospital Albert Einstein fala sobre a doença de Alzheimer. Vídeo Vídeo Vídeo Vídeo Vídeo

    O que é a doença de Alzheimer?

    Como o Alzheimer afeta a nossa memória?

    Existe alguma causa específica para o Alzheimer?

    O Alzheimer é hereditário?

    Vídeo Vídeo Vídeo Vídeo Vídeo Vídeo Vídeo

    Existe alguma doença que possa desencadear o Alzheimer?

    Quais são os principais sintomas?

    Com qual idade começam a aparecer os primeiros sintomas?

    Existe algum exame que possa detectar a doença precocemente?

    Vitaminas ou alimentos podem proteger contra a doença?

    É possível se prevenir contra a doença?

    Vídeo Vídeo Vídeo Vídeo Vídeo

    Existe cura para o Alzheimer?

    Quais são os tratamentos mais promissores?

    Como as células-tronco podem mudar o tratamento da doença no futuro?

    Qual o tratamento mais utilizado hoje em dia?

    *O conteúdo destes vídeos é um serviço de informação e não pode substituir uma consulta médica. Em caso de problemas de saúde, procure um médico.

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