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Brasileiros mostram que Covid grave leva a incapacidades em longo prazo

Estudo de aliança de hospitais e instituições de saúde analisou 1.508 pacientes após alta hospitalar durante o período de um ano

Por Paula Felix Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 11 jan 2023, 19h15 - Publicado em 11 jan 2023, 19h14

Um novo estudo da Coalizão Covid-19 Brasil, aliança de hospitais e instituições de saúde com foco em pesquisa, mostrou que casos graves da infecção pelo novo coronavírus podem desencadear incapacidades para realizar atividades do dia a dia e levar a problemas cardiovasculares e de locomoção, além de afetar a saúde mental em longo prazo. Os resultados sobre os impactos para pacientes que ficaram internados sob ventilação mecânica, por exemplo, foram obtidos por meio da avaliação de 1.508 pessoas, após alta hospitalar, pelo período de um ano.

Os pacientes, que estiveram internados em 84 hospitais, foram divididos em quatro grupos de acordo com a gravidade do quadro: dos que não necessitaram de oxigênio aos que foram intubados. Segundo os pesquisadores, 5,6% das pessoas que passaram que pelo processo de intubação tiveram algum evento cardiovascular, como infarto e AVC, ou morreram. Este índice é o dobro da taxa encontrada entre aqueles que não precisaram de suporte respiratório.

As pessoas que foram intubadas também tiveram taxa de mortalidade mais alta pós-alta hospitalar. De acordo com o grupo, o índice foi de 8% ao longo de 12 meses ante 2% dos pacientes internados sem necessidade de oxigênio.

Entre os que precisaram de ventilação mecânica, 47% apresentaram incapacidades, desde dificuldades para se locomover e fazer compras até cuidar da própria higiene. Esses pacientes também tiveram impactos na saúde mental, com um a cada quatro apresentando sintomas de ansiedade.

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Os pesquisadores alertam que as técnicas para fornecer suporte respiratório não estão associadas aos desfechos dos pacientes, pois são utilizadas para salvar vidas. “A ventilação mecânica é um marcador importante de gravidade da doença e indica um grau maior de comprometimento pulmonar e de outros órgãos. É um indicativo de que aquele indivíduo vai precisar de um tratamento prioritário na reabilitação.”

A coalizão é formada pelo Hospital Israelita Albert Einstein, Hcor, Hospital Sírio-Libanês, Hospital Moinhos de Vento, Hospital Alemão Oswaldo Cruz, BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo, o Brazilian Clinical Research Institute (BCRI) e Rede Brasileira de Pesquisa em Terapia Intensiva (BRICNet). Os achados foram publicados pelo Intensive Care Medicine, periódico científico da Sociedade Europeia de Medicina Intensiva. Esta é a sétima publicação do grupo deste o início da pandemia de Covid-19, em março de 2020.

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