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Brasileiros desenvolvem primeiro monitor cardíaco portátil do mundo

Aparelho, que contém eletrodos, comunicador e GPS, envia a médicos informações sobre o funcionamento cardíaco do paciente, além de o lugar onde ele se encontra para caso precise de atendimento emergencial

Por Vivian Carrer Elias
23 abr 2013, 11h34
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  • Um grupo de especialistas brasileiros desenvolveu o primeiro monitor cardíaco portátil inteligente do mundo. O aparelho permite o envio à distância de eletrocardiogramas, a detecção precoce de problemas do coração que podem levar a um infarto ou à morte súbita, além da localização do paciente para o seu socorro caso seja necessário. O monitor, que aguarda autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para poder ser usado no país, será útil a pacientes que apresentam um alto risco cardíaco, como aqueles que sofreram um infarto recentemente ou que possuem familiares que tiveram uma morte súbita cardíaca.

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    Essa nova tecnologia é resultado de um projeto desenvolvido ao longo de cinco anos pelo Flextronics Instituto de Tecnologia (FIT), uma organização sem fins lucrativos, junto à empresa Corcam. Depois de pronto, o aparelho foi testado ao longo de um ano e meio por médicos do Hospital do Coração, em São Paulo.

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    De acordo com Enrique Pachón, cardiologista do Serviço de Arritmias Cardíacas e da Central de Telemedicina do Hospital do Coração, um dos médicos envolvidos nesse estudo, o teste do monitor cardíaco foi feito com cerca de 120 pacientes, entre eles pessoas com e sem problemas cardíacos. “Os resultados mostraram que o aparelho é eficaz em identificar de forma precoce quando um paciente apresenta algum risco cardíaco e quando necessita de atendimento emergencial. Além disso, as conclusões do estudo cumpriram todos os requisitos impostos pela Anvisa”, disse o médico ao site de VEJA.

    Paciente usa o monitor cardíaco portátil
    Paciente usa o monitor cardíaco portátil (VEJA)

    Funcionamento – Na prática, o aparelho funciona da seguinte forma: um paciente com alto risco cardíaco passa a andar com eletrodos colados em seu peito que são ligados a um aparelho cujo tamanho é um pouco maior do que o de um telefone celular. Esse aparelho transmite automaticamente os dados cardíacos do paciente para uma central onde há médicos capacitados para avaliar os eletrocardiogramas. O monitor também possui um comunicador que permite que um médico da central fale diretamente com o paciente, além de um GPS que possibilita que os profissionais identifiquem onde o paciente está caso ele se sinta mal e precise de cuidados emergenciais.

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    “Esse aparelho detecta muito bem alterações no coração, como uma arritmia cardíaca, antes mesmo de o paciente sentir qualquer sinal. Essas alterações podem levar a um ataque cardíaco ou até evoluir para uma morte súbita”, diz Pachón. Segundo o cardiologista, essas alterações detectadas pelo monitor são identificadas pelos médicos na central. “Os profissionais, então, devem entrar em contato com o paciente para verificar se ele está se sentindo bem, orientá-lo em relação a alguma medicação ou para que ele se dirija a um hospital. Caso o paciente não esteja se sentindo bem, ou então não responda aos médicos, uma ambulância é acionada para socorrê-lo”, afirma Pachón.

    De acordo com Pachón, cabe ao médico recomendar o uso do aparelho ao seu paciente e determinar por quanto tempo a pessoa deverá conviver com o monitor. “Isso vai depender de pessoa para pessoa. Um paciente que acabou de sofrer um infarto passa certo período com um risco muito grande de ter outro problema cardíaco, então pode ser que seja ideal que ele use esse aparelho durante esse tempo”, diz o médico.

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    Mercado – Segundo Pachón, para que o aparelho possa ser usado na prática clínica – ou seja, fora do âmbito da pesquisa – é preciso apenas a última posição da Anvisa. A data oficial para essa resposta estava marcada para o dia 15 deste mês. “Acreditamos que até o fim de abril a Anvisa já autorize o uso do monitor em pacientes”, diz. O aparelho deve chegar ao mercado com o nome de Nexcor. Os Estados Unidos e alguns países da Europa vão receber ainda neste semestre os primeiros modelos produzidos no Brasil. Estima-se que o preço do ‘aluguel’ do aparelho seja de 600 reais por semana, segundo seus criadores.

    (Com agência EFE)

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