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Brasileiro desenvolve vacina experimental mais eficaz contra vírus da aids

Vacina usou vários anticorpos monoclonais para combater o vírus em camundongos. Os resultados conseguidos pelo brasileiro Michel Nussenzweig, pesquisador da Universidade Rockefeller, em Nova York, foram promissores

Por Da Redação
24 out 2012, 19h31
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  • Uma vacina com a combinação de cinco anticorpos, testada em camundongos e fruto do trabalho do imunologista brasileiro Michel Nussenzweig, conseguiu manter os níveis do vírus da aids (HIV-1) abaixo dos detectáveis durante mais tempo que os tratamentos atuais, informou nesta quarta-feira a revista Nature.

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    Título original: HIV therapy by a combination of broadly neutralizing antibodies in humanized mice

    Onde foi divulgada: revista Nature

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    Quem fez: Florian Klein, Ariel Halper-Stromberg, Joshua Horwitz, Henning Gruell, Johannes Scheid, Stylianos Bournazos, Hugo Mouquet, Linda Spatz, Ron Diskin, Alexander Abadir, Trinity Zang, Marcus Dorner, Eva Billerbeck, Rachael Labitt, Christian Gaebler, Paola Marcovecchio, Reha-Baris Incesu, Thomas Eisenreich, Paul Bieniasz, Michael Seaman, Pamela Bjorkman, Jeffrey Ravetch, Alexander Ploss e Michel Nussenzweign

    Instituição: Universidade Rockefeller em Nova York

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    Dados de amostragem: camundongos “humanizados”, ou seja, com sistema imunológico idêntico ao dos humanos

    Resultado: Uma vacina com a combinação de cinco anticorpos, testada em camundongos, conseguiu manter os níveis do vírus da aids (HIV-1) abaixo dos detectáveis durante mais tempo que os tratamentos atuais.

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    Este tratamento experimental, composto por cinco potentes anticorpos monoclonais (células clonadas a partir de células de defesa do organismo), foi desenvolvido pela equipe do cientista brasileiro e membro da Academia Americana de Ciências na Universidade Rockefeller em Nova York.

    O cientista administrou os anticorpos em camundongos ‘humanizados’, que dispõem de um sistema imunológico idêntico ao humano, permitindo que sejam infectados com o vírus HIV. Estima-se que esta é uma fórmula que poderia evitar a infecção de novas células.

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    Nussenzweig comparou os resultados com os obtidos ao tratar camundongos com uma combinação de três anticorpos monoclonais e, também, com um tratamento baseado em um único anticorpo.

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    Ao tratar os roedores com uma vacina com três anticorpos, o HIV se manteve em níveis baixos até 40 dias após o fim do tratamento, enquanto a monoterapia só permitiu que o vírus não fosse detectado durante o tempo em que o camundongo estava recebendo o tratamento (cerca de duas semanas).

    “O experimento demonstrou que combinações distintas de anticorpos monoclonais são eficazes na hora de suprimir a replicação do HIV em camundongos ‘humanizados’, por isso podem prevenir a infecção e servir para o desenvolvimento de novos tratamentos”, defendeu o artigo.

    Na atualidade, o tratamento anti-retroviral em humanos consiste em combinar pelo menos três drogas antivirais para minimizar o surgimento de vírus mutantes resistentes aos remédios.

    No entanto, o HIV se armazena em uma espécie de ‘depósito’ ou reservatório viral, o que faz com que a carga viral do paciente se eleve quando o tratamento farmacológico é interrompido, e o vírus volta a aparecer depois de 21 dias.

    Apesar dos resultados promissores de Nussenzweig, ainda serão necessários testes clínicos que permitam avaliar a eficácia do tratamento em humanos e medir os efeitos sobre a infecção em longo prazo.

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    (Com Agência EFE)

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