O Ministério da Saúde atualizou neste sábado 14 o balanço de casos de contágio do novo coronavírus no país. Ao todo, são 121 pessoas infectadas, sendo a maior parte delas – 65 – no estado de São Paulo. O governo trabalha com 1.496 pacientes suspeitos e outros 1.413 descartados. São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia têm casos de transmissão local, situação em que as pessoas se contaminaram com Covid-19 mesmo sem ter estado em países com registros anteriores da doença, mas que tiveram contato com cidadãos que portavam o vírus.
De acordo com o Ministério da Saúde, há seis casos confirmados no Nordeste, 90 no Sudeste, 16 no Sul, nove no Centro-Oeste e nenhum na região Norte. Na divisão entre os estados e o Distrito Federal, os casos confirmados são os seguintes: RN (1), PE (2), AL (1), BA (2), MG (2), ES (1), RJ (22), SP (65), PR (6), SC (4), RS (6), MT (0), MS (0), GO (3) e DF (6). Os estados têm até o meio-dia para atualizar o governo federal. Depois deste horário, os novos casos só são tornados públicos no dia seguinte. Depois de o Ministério da Saúde ter divulgado os dados deste sábado, o Mato Grosso do Sul registrou suas primeiras confirmações de casos de Covid-19.
Na sexta, a Secretaria de Saúde de São Paulo anunciou que um homem de 61 anos é o primeiro paciente curado do novo coronavírus no Brasil. Na tarde deste sábado, o ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta foi às redes sociais e afirmou que a população não precisa entrar em pânico diante da pandemia. “Estamos trabalhando com a verdade dos fatos. Não há motivo para pânico. Manter-se bem informado e adotar medidas preventivas adequadas são ações fundamentais para vencermos mais esse desafio”, declarou.
O combate à pandemia de coronavírus desencadeou medidas inéditas no mundo. Para começar, a China, epicentro da doença, colocou cidades inteiras em quarentena e fechou fronteiras. A Itália seguiu o mesmo exemplo quando o número de casos explodiu no país. Recentemente, o presidente Donald Trump suspendeu temporariamente todos os voos da Europa, Reino Unido e Irlanda para os Estados Unidos. Eventos esportivos e culturais foram cancelados, festivais de música acabaram postergados, museus fecharam as portas, escolas e universidade cancelaram as aulas ou optaram por realiza-las à distância e a lista de restrições não para.
No Brasil, essas medidas ainda não foram adotadas em larga escala, mas governos locais começam a anunciar restrições à população. Em São Paulo, estado com o maior número de casos confirmados, algumas escolas particulares e universidades suspenderam temporariamente as aulas – assim como a rede pública. O governador do Distrito Federal suspendeu as aulas da rede pública e privada e proibiu cinemas, teatros e aglomerações de mais de 100 pessoas nos próximos 15 dias. A CBF determinou que todas as partidas de futebol realizadas no Rio de Janeiro e em São Paulo aconteçam a portões fechados.