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Brasil está entre países com maior incidência de câncer de pênis

Por Da Redação 17 ago 2009, 16h53

Não existe um ranking oficial, mas o Brasil está entre os países com maior incidência de câncer de pênis no mundo, de acordo com levantamento da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU). Estima-se que mais de 3.000 pessoas sofram da doença e que, todos os anos, 1.000 tenham o pênis parcial ou totalmente amputado só na rede pública, segundo informações do Banco de Dados do Sistema Único de Saúde (Data-SUS). Além do Brasil, entre os mais afetados pela doença estão Índia (dos poucos países com taxa conhecida, 3,32 casos para cada 100.000 habitantes), Egito, Quênia, Uganda e Paraguai. Entre os que menos sofrem estão os Estados Unidos, com 0,2 casos a cada 100.000 habitantes, e Israel, com incidência zero.

“A estatística de Israel é beneficiada pela prática da circuncisão, que elimina a fimose – quando a cabeça do pênis é coberta por pele -, uma das causas do câncer”, explica Aguinaldo Nardi, coordenador de campanhas públicas da SBU. Outras causas do tumor são o tabagismo, doenças sexualmente transmissíveis (DST), e a falta de higiene. “Esta é uma doença dos países subdesenvolvidos”, diz Nardi. A maior ocorrência no Brasil está no Norte e no Nordeste. Segundo Nardi, falta nessas regiões a consciência de que é preciso lavar o órgão genital todos os dias, com água e sabão, e que é preciso procurar um médico em caso de lesão. Toda lesão deve ser examinada, principalmente a que não desaparece.

Mas São Paulo aparece no topo do ranking que a SBU traçou em 2007. A lista foi elaborada a partir dos cerca de 200 casos detectados durante a primeira campanha contra o mal. São Paulo respondia por 24,26% dos casos porque, além de ser o estado mais populoso, boa parte das cirurgias envolvem pacientes de outras localidades. Na lista, o Ceará está em segundo (12,87%), o Maranhão em terceiro (10,66%), Rio de Janeiro em quarto (9,19%), seguido por Pará (6,99%), Pernambuco e Minas Gerais (5,88% cada um), Goiás (3,68%), Alagoas e Tocantins (3,31%).

Para frear o avanço da doença, a SBU está promovendo sua segunda campanha, com a participação do ex-jogador e treinador de futebol Zico. Na web, é possível ver o vídeo no site da associação. Nesta edição da campanha, a entidade realizou 309 cirurgias de fimose no Norte e Nordeste.

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Tratamento – O câncer é diagnosticado a partir do exame da lesão. Confirmada a doença, o médico tem duas opções, conforme a dimensão da ferida. Se pequena, pode ser removida com facilidade. Mas as lesões avançadas podem resultar em amputação parcial ou total do órgão, acompanhada de radioterapia em alguns casos. “A quimioterapia, infelizmente, não tem eficácia quando o câncer está avançado”, afirma Nardi. “O mais importante é o diagnóstico precoce.”

O auto-exame é mais fácil porque é possível visualizar a lesão. Ela se apresenta na forma de verruga, ferida ou caroço. Nardi diz ainda que a idade não influencia na ocorrência da doença. “No Brasil, já foram detectados casos antes dos 26 anos, uma surpresa, porque na literatura médica eram vistos a partir dos 60 anos. É doença que atinge todas as idades. Provavelmente, tem início na infância, porque crianças operadas de fimose não têm praticamente nenhum risco. Já um homem adulto que se submete a cirurgia de fimose continua com o mesmo risco de ter câncer de pênis.”

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