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Atendimento na Santa Casa pode ser suspenso na sexta

Hospital depende de um empréstimo de R$ 40 milhões para continuar operando

Por Da Redação
23 dez 2014, 09h12

Com dívida superior a 400 milhões de reais e novas ameaças de suspensão de contratos por parte de fornecedores, a Santa Casa de Misericórdia de São Paulo pode suspender o atendimento na próxima sexta-feira, caso não consiga efetivar nos próximos dias um empréstimo de 40 milhões de reais com a Caixa Econômica Federal.

A informação foi dada a médicos da entidade durante reunião de representantes da categoria com o superintendente da Santa Casa, Irineu Massaia, na tarde desta segunda-feira. O encontro teve a participação de oito funcionários que integram o movimento Santa Casa Viva, criado na manhã de ontem e que pede a renúncia do provedor da instituição, Kalil Rocha Abdalla.

De acordo com o médico José Gustavo Parreira, representante do movimento e um dos presentes na reunião, Massaia explicou que a entidade tenta viabilizar um empréstimo com a Caixa e precisa oferecer um imóvel de igual valor como garantia para obter o crédito.

O trâmite, porém, precisa ser aprovado pela Mesa Administrativa da Santa Casa, o que teria de acontecer nesta terça, quando o órgão se reúne de forma extraordinária para discutir o pedido de licença do provedor, anunciado no domingo.

�O superintendente disse que já tentou colocar a proposta em votação na mesa outras duas vezes, mas que não foi aprovado. “A situação é muito mais grave do que imaginávamos. Se a alienação do imóvel não for aprovada, não é só o pronto-socorro que fecha, é o hospital inteiro, porque não vai haver dinheiro para itens essenciais, como oxigênio para os pacientes”�, disse Parreira.

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A assessoria de imprensa da Santa Casa confirmou a realização da reunião entre os médicos e o superintendente e informou que a situação da instituição se agravou ainda mais na segunda, quando a empresa que presta serviço de lavanderia e os fornecedores de alimentação e combustível anunciaram que poderão parar por falta de pagamento.

A instituição afirmou que, caso não consiga nos próximos dias condições para obter crédito, haverá um �agravamento do plano de contingência� anunciado na semana passada, podendo culminar na interrupção de serviços.

Caso a alienação do imóvel não seja aprovada e o empréstimo com a Caixa fracasse, a entidade deverá comunicar as secretarias estadual e municipal da Saúde sobre novas regras para o atendimento a pacientes. É possível que, a partir de sexta-feira, alguns setores do complexo hospitalar tenham o serviço totalmente interrompido e que outros, como o pronto-socorro, façam apenas o primeiro atendimento dos casos graves e transfira os pacientes para outras unidades.

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(Com Estadão Conteúdo)

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