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Alimento orgânico não é mais nutritivo que o convencional, diz pesquisa

Estudo realizado pela Universidade de Stanford não encontrou diferenças significativas, para o bem ou para o mal, entre alimentos orgânicos e convencionais

Por Da Redação
5 set 2012, 18h57
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  • Os alimentos orgânicos não são mais benéficos à saúde do que os produzidos de maneira convencional. É o que afirma uma pesquisa publicada no periódico médico Annals of Internal Medicine. Segundo o estudo da Universidade de Stanford, que não leva em consideração questões ambientais e de bem estar animal. Os índices de nutrientes e de pesticidas presentes nos dois tipos de produtos são similares. A única vantagem aferida pelo estudo é que os alimentos orgânicos são menos expostos a agrotóxicos e a bactérias resistentes a antibióticos.

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    Título original: Are Organic Foods Safer or Healthier Than Conventional Alternatives?: A Systematic Review

    Onde foi divulgada: periódico Annals of Internal Medicine

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    Quem fez: Dena Bravata e equipe

    Instituição: Universidade de Stanford

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    Dados de amostragem: Análise de 17 estudos em humanos e de 223 estudos que comparavam níveis de nutrientes e contaminantes

    Resultado: Há pouca evidência consistente de que o alimento orgânico seja significativamente mais nutritivo do que os convencionais. O consumo desse alimento deve reduzir a exposição a pesticidas e a bactérias resistentes a antibióticos.

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    A popularidade dos produtos orgânicos, geralmente cultivados sem pesticidas e fertilizantes e/ou sem antibióticos e hormônios de crescimento, está subindo rapidamente nos Estados Unidos (país onde foi realizado o levantamento). Segundo a pesquisa, entre 1997 e 2011 as vendas americanas do produto passaram de 3,6 bilhões de dólares para 24,4 bilhões de dólares. Os alimentos orgânicos são, normalmente, duas vezes mais caros do que os convencionais.

    Pesquisa – O estudo é uma análise de milhares de estudos, dentre os quais foram separados 237 como aqueles mais relevantes e que entrariam no levantamento. Entre eles, estavam 17 estudos de populações que consumiam alimentos orgânicos e convencionais e 223 que também comparavam os níveis de nutrientes ou de contaminações por bactéria, fungo ou pesticidas de vários produtos (frutas, vegetais, grãos, carnes, leite, frango e ovos), todos produzidos orgânica e convencionalmente. Não existiam estudos de longo prazo sobre o consumo de alimentos orgânicos e convencionais: a duração do tempo de acompanhamento das pesquisas variou de dois dias a dois anos.

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    Descobriu-se, então, que havia pouca diferença significativa em relação aos benefícios à saúde. Nenhuma diferença consistente foi vista no teor de vitaminas entre eles, e apenas um nutriente, o fósforo, estava depositado em maior quantidade nos alimentos orgânicos (como poucas pessoas têm deficiência de fósforo, a diferença tem pouco significado clínico). Também não houve diferença no teor de proteína e de gordura no leite, embora evidências de um número limitado de estudos sugiram que o leite orgânico pode conter níveis significativamente mais altos de ácidos graxos ômega-3. Os pesquisadores não conseguiram ainda identificar frutas e vegetais específicos cuja “versão orgânica” fosse a escolha mais saudável.

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    “Alguns acreditam que o alimento orgânico é sempre mais saudável e mais nutritivo”, diz Crystal Smith-Spangler, da Faculdade de Medicina de Stanford e coautora do estudo. “Ficamos um pouco surpresos por não encontrarmos esses resultados.” Embora os alimentos orgânicos tenham 30% menos chances de contaminação com pesticidas, eles não são necessariamente 100% limpos. Além disso, os níveis de pesticidas em todos os alimentos pesquisados estavam dentro dos limites permitidos.

    Dois estudos com crianças que mantinham dietas orgânicas e convencionais encontraram níveis mais baixos de pesticidas na urina de crianças que comiam orgânicos. Os níveis nos dois grupos estavam, no entanto, abaixo dos limites considerados seguros. Além disso, carnes de porco e de frango orgânicos aparentavam reduzir a exposição a bactérias resistentes a antibiótico, mas o significado clínico dessa descoberta não está claro, segundo a pesquisa.

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